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DECISÃO: Kátia Vargas é absolvida por morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle

Foto: Reprodução

Do Aratu Online, parceiro do Simões Filho Online

A médica oftalmologista Kátia Vargas Leal Pereira foi absolvida nesta quarta-feira (6/12) da acusação de ter provocado a morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, de 21 e 23 anos. A decisão, do júri popular, foi de 4 votos a favor da absolvição e um contrário. O acidente aconteceu no dia 11 de outubro de 2013 no bairro de Ondina. A informação foi confirmada pelo promotor Davi Gallo.

A sentença foi proferida pela juíza Gelzi Maria Souza, no Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador. Ainda cabe recurso no Tribunal de Justiça (TJ-BA).

DEBATE

Finalizado o interrogatório, já no final da manhã, a acusação deu início ao debate entre as partes. “A ré que está sendo julgada não é essa mulher que está sentada aqui hoje, mas sim aquela que conduzia aquele carro no dia do acidente”, disse Luciano Assis, um dos promotores.

Assim como na terça-feira (5/12), o MP exibiu imagens dos irmãos mortos logo depois da colisão. A diferença, dessa vez, foi que o monitor estava virado apenas para os jurados.

O advogado de acusação, Daniel Keller, insistiu na tese de que Kátia Vargas, durante os quatro anos, mudou sua versão três vezes. O advogado considerou que os pontos apresentados até aquele momento qualificam crime por motivo fútil, com impossibilidade de defesa da vítima e representando perigo comum, já que ocorreu em via pública.

Já era início da tarde, depois do intervalo para o almoço, quando a defesa começou suas explicações. O advogado José Luiz Oliveira Lima elogiou a juíza. “Saio da cidade de Salvador com a sensação de que conheci uma magistrada exemplar”. O defensor elogiou a cliente. “Eu venho aqui defender a vida da Kátia. Kátia, olha pra mim! Eu te agradeço por confiar sua vida a nós nesses três anos. Eu queria dizer que eu confio em você”, revelou.

Os jornalistas que cobriram o caso foram alvos de crítica por parte de José. “A imprensa te colocou como Fernandinho Beira-Mar, um monstro, uma assassina. Mas você não sai daqui como um monstro, você não é um monstro!”, atacou. “Não se pode condenar alguém baseado nessa imprensa irresponsável”, continuou.

RÉPLICA E TRÉPLICA

“Vocês ouviram um dos melhores advogados criminalistas do país. E que carisma! Mas não se iludam, isso é apenas uma boa oratória”. Foram com essas palavras que Daniel Keller iniciou a réplica contra o advogado da acusada. “Ele passou quase 30 minutos tentando conquistar vocês com carisma e boa oratória. Ele não falou de nenhuma prova. E pior, ele tenta mostrar Kátia como uma ‘pobre coitada’ que foi perseguida pelo MP e imprensa”, continuou.

Ainda na réplica, o Ministério Público manteve o mesmo tom. “Isso tudo que você fez é para pegar dois anos e converter em prestação de serviço a comunidade, Kátia Vargas? Quanto vale a vida de Emanuel e Emanuelle, dona Marinúbia?”, disse Luciano Assis. “As vítimas estavam indo trabalhar, enquanto a ré estava numa aula de dança”, disse o outro acusador, o também membro do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Davi Gallo.

Finalizadas as exposições de ambos os lados, os jurados se reuniram em uma sala reservada onde foi definido o futuro de Kátia Vargas. O Ministério Público da Bahia deve recorrer da sentença.

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