Familiares e amigos prestam últimas homenagens ao motorista morto em Simões Filho
Com profunda dor e muita tristeza, familiares e amigos do motorista de “ligeirinho” Anailton Nunes Barbosa, 29 anos, que morreu após ser sequestrado e torturado, se reuniram, na manhã desta quinta-feira (11/01), para prestarem suas últimas homenagens a “Nanai” como era de forma carinhosa chamado por todos. O sepultamento aconteceu no Cemitério Municipal São Miguel de Cotegipe, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Anailton Nunes desapareceu na tarde de domingo (7/1). Ele trabalhava como motorista de ligeirinho há seis meses, fazendo a linha Mercado Municipal x Góes Calmon. Foi em uma dessas viagens que ele acabou sendo sequestrado. Na manhã da última terça-feira (09/01), por meio do sinal de GPS, a polícia localizou o veículo de Anailton – um Fiat Pálio branco – totalmente carbonizado, contudo, o rapaz permanecia desaparecido.
Somente na manhã desta quarta-feira (10/01), os familiares do motorista receberam a triste notícia do seu falecimento. O corpo do rapaz foi localizado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Ele recebeu tiros e golpes de faca, além de ter sido espancado pelos criminosos.
Velório
O velório aconteceu na Igreja Plenitude da Fé, localizada ao lado da SIAF, onde familiares e muitos amigos se despediram do motorista.
Durante o enterro, houve muita consternação e revolta. Um grupo formado por motoristas de “ligeirinho”, amigos de Anailton, realizaram um ato em homenagem ao rapaz. Cerca de 100 veículos, percorreram o centro da cidade até o cemitério, onde prestaram o adeus ao colega de trabalho.
“Essa notícia não chocou só a gente, mas todo o povo de Simões FIlho. Fomos surpreendidos com esse crime, sempre achamos viagens para lugares perigosos, mas não temos suporte e segurança para realizar certos trajetos. Nanai era um bom rapaz, brincalhão, solidário, e essas serão as lembranças que teremos dele”, lamenta o colega de trabalho, Ricardo Nunes, 34 anos.
“Não caiu a nossa ficha, foi uma coisa muito brutal. Era nosso colega, trabalhador, muito querido, que se foi e não há explicações para isso, só revolta”, disse outro motorista de ligeirinho sem se identificar.
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