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‘DIA D’: Em momentos opostos, rubro-negros e tricolores encerram participação no nacional

Foto: arte/Izabela Azevedo

Do Aratu Online, parceiro do Simões Filho Online

“Seis de junho de 1944”

Aos que desconhecem, esta data ficou registrada como o famoso Dia D. Era o início da efetiva derrota alemã nazista durante a Segunda Guerra (1939-1945) e, consequentemente, o restabelecimento da paz mundial. Guardadas as devidas proporções, o Vitória vive neste domingo (3/12) diante do Flamengo, às 16h, no Barradão, seu Dia D.

O rubro-negro baiano (15º, 43 pontos) chega à derradeira rodada do certame nacional para ‘confirmar’ ou não sua manutenção na Série A. De quebra, selar a paz entre torcida e diretoria às vésperas do pleito eleitoral, no dia 13.

Em São Paulo, mais precisamente no estádio do Morumbi, o Bahia também vive seu ‘Dia D’. Apesar de pequenas, as chances existem e tudo pode acontecer nesta última rodada. De acordo com o site especializado em probabilidades em eventos esportivos, “Infobola”, o Bahia tem agora 2,2% de possibilidade de conseguir terminar o Brasileirão entre os oito primeiros colocados. Já o rubro-negro, tem ainda preocupáveis 13,8% de chances de queda à Série B.

Em meio ao ‘drama’, o técnico Vagner Mancini já sentenciou o que não pode faltar neste domingo: “apoio incontestável da torcida”. A declaração não é por menos, afinal o time vermelho e preto é o pior mandante do certame. Em 18 jogos no Barradão, foram míseros três triunfos (Atlético-MG, Palmeiras e Ponte Preta).

O reflexo disso foi visto justamente nas arquibancadas. Descrente, o torcedor se afastou e a média de público no ‘santuário rubro-negro’ não ultrapassou os dez mil (precisos 9.906). Para a partida diante do Flamengo, porém, todos os ingressos para a arquibancada foram vendidos até o fim da manhã de sábado (2/12).

“Acho importante que o torcedor do Vitória enxergue que ele não é um adversário nosso e tem que jogar junto com a gente. Se nós temos a responsabilidade de entrar em campo e fazer o resultado, ele também tem de empurrar o time à vitória. Independente de tudo que foi visto este ano no Barradão, independente das más atuações, independente daquilo que porventura não gostou ao longo da temporada, esse é o jogo onde ele vai ter que incentivar, aplaudir e jogar junto com a equipe. Se nós tivermos o apoio da torcida, com certeza, a nossa tarefa vai ser mais fácil”, apelou Vagner Mancini, que enalteceu o fato de o time viver um ‘bom momento’.

“Mas, hoje, vive um momento diferente, vem de uma vitória fantástica fora de casa (3×2 Ponte Preta), virando o placar adverso. O lado emocional, hoje, está muito mais fortalecido e tenho certeza que para este jogo de domingo, o time vai ter uma postura diferente mesmo sabendo da importância do resultado. Acho que, hoje, a gente está mais forte para enfrentar não só o Flamengo, que é um belo adversário, como também o lado mental, o lado psíquico de se jogar diante da sua torcida, que ao longo da temporada não foi bacana, mas que nesse último jogo, a gente pode encerrar com chave de ouro”.

Um triunfo basta para o Vitória se manter por mais um ano na Série A. Se não bastasse o fato de depender apenas de si, ao que tudo indica, o Flamengo mandará a campo um time misto. Após carimbar a classificação para a final da Copa Sul-Americana com uma vitória por 2 a 0 sobre o Junior Barranquilla, na Colômbia, o time carioca volta às atenções para a grande decisão do torneio continental – contra o Independiente-ARG, nos dias 6 e 13.

Ironicamente, quem está na torcida pelo título do time carioca é o Bahia. Afinal, caso o Fla fature a Copa Sul-Americana, o atual G-8 se transforma em G-9 (grupo dos classificados para a Taça Libertadores 2018) e as chances que beiram os 2,2% consequentemente aumentariam. No entanto, para manter o ‘sonho’ ainda vivo, o Tricolor de Aço precisa antes de mais nada fazer sua parte.

CHANCES

O time do técnico Carpegiani terá de vencer seu último jogo no Brasileirão contra o São Paulo, neste domingo (3/11). Não para por aí. Precisa torcer para que outros rivais na tabela tropecem. O próprio São Paulo é um dos adversários na briga pela classificação à Libertadores. Assim como o Bahia, o Tricolor paulista tem míseras chances (3,5% de possibilidade) de ir à maior competição da América do Sul.

Os outros times que estão na briga são o Botafogo (59%), a Chapecoense (43%) e o Atlético-MG (31%), que vão enfrentar na última rodada, Cruzeiro, Coritiba e Grêmio, respectivamente. O time carioca tem que perder de qualquer forma, pois o Bahia empataria em pontos (52), em número de vitória (14), mas superaria o Botafogo no saldo de gols.

Já a Chape e o Galo poderiam até empatar que mesmo assim o Bahia os superaria na tabela de classificação. Com um empate o time catarinense perderia no saldo de gols para o Esquadrão de Aço (continuaria -3) e o Atlético-MG perderia já no número de vitórias (14 a 13).

Para alcançar o ‘milagre’, é fundamental que o time azul, vermelho e branco – 11º colocado, com 49 pontos – volte a balançar as redes. Sob o comando de Carpegiani, fez 17 gols, média de 1,88 por partida. Porém, nos dois últimos embates, com a permanência na Série A já assegurada, o setor ofensivo passou em branco tanto contra Sport, fora de casa, quanto diante da Chapecoense, no último domingo (26/11) , na Fonte Nova.

O Tricolor não ficava tanto tempo assim sem marcar desde meados de junho, quando acumulou três jogos sem balançar as redes, contra Corinthians, Flamengo e Vitória. Com 15 gols marcados em 2017, Edigar Junio espera justamente neste decisiva partida findar com o incômodo jejum. Artilheiro tricolor na temporada, o atacante ressaltou que nesse momento, o mais importante é vencer o São Paulo.

“A gente tem que torcer para isso. Vamos ter mais essa oportunidade e, se surgir a do Flamengo, teremos uma outra. A gente tem que fazer nossa parte. De nada adianta ter as oportunidades se a gente não fizer nossa parte”, sacramentou. Para partida, o técnico Carpegiani não poderá contar com Renê Júnior, tampouco com as companhias dos suspensos Eduardo e Zé Rafael. Em seus lugares entram respectivamente Matheus Sales, Éder e Régis.

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