“Onde vamos parar com tanta violência?”, essa é a pergunta que população de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), faz todos os dias. Que a violência está aumentando a cada dia nós sabemos, agora o que não dá para se conformar é com a falta de ações por parte do poder público, e o medo que se instaura na cidade a cada dia.
Poucos moradores de Simões Filho podem sair na rua de noite sem medo. Poucos leitores dormem tranquilos enquanto seus filhos estão fora. Uma minoria não sofreu com assalto, ou consegue exercer o direito de ir e vir em qualquer lugar a qualquer hora do dia. O motivo: medo da criminalidade e da violência.
Sensação de insegurança? Não. A insegurança é real.
Alvaro de Jesus Filho, 42 anos, é servidor público e morador de Simões Filho. Para ele, o Estado fechou os olhos para o que vem ocorrendo em Simões Filho nos últimos anos. O desabafo dele veio depois da morte do amigo, Josemar Ferreira de Almeida, conhecido como Jorge borracheiro. Ele foi baleado e assassinado na frente da mulher e dos filhos após entregar seu celular aos assaltantes na noite do último sábado (10/2), na Avenida Paulo Souto, no Eucalipto, bairro da região central da cidade.
“A violência aqui em Simões Filho está demais e o Governo do Estado, infelizmente, não está fazendo o papel dele. Jorge era um homem de bem, um rapaz trabalhador, de família e infelizmente teve a vida ceifada pela violência que abrange nossa cidade. Nós temos que nos manifestar se não vai ser um hoje, outro amanha e assim vai. E que os governantes venham abrir os olhos e nos ajude, se não vai ser de mal a pior”, desabafa Alvaro.
Outro amigo de Jorge desabafou: “Até quando essa violência vai exterminar pessoas honestas e infelizmente, é mais uma família despedaçada em um país aonde trabalhadores são julgados e executados por bandidos protegidos pelas leis direitos humanos”, desabafa Josafa Santana
Violência tem hora?
Em Simões Filho não tem. Triste realidade. “O pior é que essa rotina é durante todo o dia. Essa é a nossa realidade aqui em Simões Filho”, revelou José Carlos, 32 anos, motorista.
O que esperar diante de tanta violência?
E aí Senhor Governador? Onde vamos parar com tanta violência? Será que teremos que ficar presos dentro de nossas residências enquanto os bandidos continuam circulando livres pelas ruas? Será que não teremos o direito de usar nada que compramos com muito esforço? Até quando teremos que ser os escravos da criminalidade? Até quando Governador Simões Filho ficará entre as 10 cidades mais violentas do Brasil?
A reportagem fez um levantamento dos casos de homicídios e constatou que em apenas oito dias, 12 pessoas foram assassinadas na cidade. Três casos de tentativas de homicídios também foram registrados.
O Simões Filho Online entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), solicitando informações sobre o que está sendo feito pelo Governo para tentar barrar a violência no município, mas até a publicação desta reportagem, não obteve respostas.
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