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Simões Filho poderá ser prejudicada pelo Governo com modernização do transporte ferroviário

O Governo do Estado realizará na próxima sexta-feira (20), uma audiência pública para discutir a Parceria Pública Privada (PPP), para concessão da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), às 17h30, no Colégio Estadual Almirante Barroso, no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador.

A iniciativa que tem caráter consultivo será aberta a pessoas físicas e jurídicas com o objetivo de esclarecer dúvidas e recolher sugestões para o processo licitatório, na modalidade de concorrência pública destinada à seleção da melhor proposta para contrato de PPP.

Contudo, de acordo com informações publicadas pela Secretaria Estadual de Mobilidade Urbana (SEDUR), o novo projeto que contempla o subúrbio ferroviário de Salvador e região, será mantido apenas até o bairro de Paripe, deixando de fora o itinerário que há muitos anos abrange a localidade de Mapele, Aratu e circunvizinhança.

Por essa razão, os movimentos ligados ao VLT “Trem de ferro/Ver de Trem” de comunidades do subúrbio ferroviário de Simões Filho, Mapele e adjacências, estão mobilizando a população para comparecer a audiência, com o intuito de cobrar das autoridades competentes a permanência das linhas nos distritos simõesfilhenses.

Segundo o coordenador do movimento “Ver de Trem” Gilson Vieira, em entrevista ao radialista Jairo Mascarenhas, na Rádio Simões Filho FM 87.9, a SEDUR deverá remover toda a linha a base de concreto com 9 mil metros de trilhos que perpassam o bairro de Paripe recentemente recuperados, e que possuem durabilidade de até 50 anos. Se avançado por mais 1km, esses trilhos poderão chegar até a Estação São Luiz, localizada na região da Base Naval de Aratu.

“O que queremos insistir é que o governo não nos abandone, já que se comprometeu desde a gestão anterior ligar Salvador a Mapele, Ilha de São João e outros bairros. Quando na verdade hoje o VLT se limita a Paripe”. Afirmou Gilson.

Ainda conforme as palavras de Gilson, para executar o novo projeto VLT, o Governo Estadual terá que adequar uma ponte, construída no ano de 2013, com um custo médio de R$ 60 milhões investidos para atender a solicitação das comunidades que dependem do transporte. Além de outros investimentos que serão descartados.

“Três trens que foram para Minas Gerais em 2008 para serem modernizados, inclusive com ar condicionado, ficaram funcionando por apenas 30 dias em 2013, depois foram abandonados no pátio da Estação da Calçada. O custo médio de recuperação foi de R$ 8 milhões que poderão ir pro lixo.” Revelou Gilson.

Durante a transmissão do programa “Bom dia Simões Filho” Jairo Mascarenhas colocou que a falta de interesse dos representantes da cidade muitas vezes impedem que a população receba seus benefícios, já que compete ao Executivo e ao Legislativo defender os interesses do povo.

“Ontem eu divulguei que estaria aqui na rádio hoje batendo esse papo com Gilson, e coloquei lá algumas interrogações. Alguma autoridade daqui de Simões Filho está sabendo desta audiência? Alguém irá sexta-feira participar da audiência? Até agora eu não sei.” Concluiu Jairo.

O VLT, que vai substituir o atual Trem do Subúrbio, terá aproximadamente 19 quilômetros de extensão e 21 paradas, ligando a região do Comércio até Paripe, realizando o percurso, de um extremo a outro, em 40 minutos. Um investimento total de R$ 1,5 bilhão, beneficiando mais de 100 mil pessoas por dia.

*Mapele News

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