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VÍDEO: Mãe revela quais foram as últimas palavras do filho antes de morrer em Simões Filho

(Foto: Simões Filho Online)

Existem sentimentos que não possuem nome, de tão dolorosos que são. Quando uma pessoa casada perde seu companheiro, passa a ser viúva. Quando filhos perdem seus pais, ficam órfãos. Porém, entre as coisas que não tem nome, está quando um pai ou mãe perde um filho. Isso não está em nenhum dicionário. Esse assunto é tão antinatural que não existe sequer um nome para expressar a dor de se perder um herdeiro. Quem já viveu esse momento sabe o tamanho do sofrimento, ainda mais quando se aproxima o dias das mães.

Na humilde casa localizada no Bairro Cia 1, apenas um cômodo – o quarto – tem servido de refúgio para tornar menos lancinante a dor da aposentada, Maria Goret da Silva, 42 anos. Seu único filho homem, Alan Gabriel da Silva Bacelar, 21 anos, foi assassinado de maneira brutal na noite da última terça-feira (1/5), na Praça do Cia 1, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele chegou a ser socorrido mas acabou morrendo na UTI.

“Não quero que mãe nenhuma passe pelo que estou passando”, desabafa Maria Goret da Silva, 42 anos.

Com o coração destruído, a voz calma e o olhar perdido, a imagem da mãe é a de uma mulher que perdeu o sentido de toda uma vida, organizada em torno do jovem de futuro promissor. Maria Goret relatou os momentos de terror ao acompanhar o filho até a UTI do hospital do Subúrbio. Ela classificou o crime como “pura brutalidade e perversidade” e fez um apelo para que a Justiça não deixe o crime bárbaro impune. [VEJA VÍDEO NO FINAL DA MATÉRIA]

“Eu não aceito, meu filho nunca matou ninguém”, desaba.

(Foto: Simões Filho Online)

SAIU PARA COMPRAR PÃO

Ao Simões Filho Online, dona Goret contou que no dia do crime, o filho passou o dia em casa, tomou um banho e saiu para comprar pão em uma padaria a pedido dela. Foi ai que tudo aconteceu. No caminho, o jovem entrou em luta corporal com homens, que dona Goret não soube informar quem são, nem onde moram.

Após a briga, Gabriel se dirigiu até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para buscar atendimento médico, já que ficou bastante machucado durante a briga, mas ao chegar na Praça do Cia 1, acabou surpreendido por dois homens armados que chegaram ao local a bordo de uma motocicleta. Os atiradores se aproximaram do jovem e efetuaram oito tiros a queima-roupa, sendo quatro nas pernas e quatro nas costas.

A NOTÍCIA

Foi através de um telefonema que a dona de casa ficou sabendo do que aconteceu com o filho. Às 22 horas, o celular de Maria Goret tocou, e ao pressionar o botão aceitando a chamada, a aposentada foi golpeada pela informação.

“Eu estava esperando meu filho em casa quando recebi uma ligação me informando: ‘seu filho tá na UPA cheio de bala’. Eu subir correndo e encontrei ele naquela situação”, lamenta ela.

(Foto: Simões Filho Online)

Ainda buscando explicações para justificar a violência que aconteceu com filho, a mãe diz: “Meu filho trabalhava na Ceasa quando tinha oportunidade, ele gostava muito de esporte e estava ansioso para trabalhar. Era um ótimo filho para mim, me ajudava muito e agora eu me sinto só, não sei o que fazer, não sei se vou suportar essa dor que pulsa em meu coração. Desde o dia em que ele morreu estou dopada, não consigo dormir. Fico na janela esperando meu filho chegar todos os dias, mas eu sei que ele não vai mais voltar, mesmo assim eu tenho esperança e fico na janela à espera dele”, conta.

ULTIMAS PALAVRAS DE GABRIEL

“Minha mãe se eu fiz alguma coisa com a senhora me perdoa. Eu te amo mãe”, essas foram as últimas palavras de Gabriel para a mãe, antes de morrer.

Bastante emocionada, Goret também revelou quais foram as últimas palavras que disse para o filho antes de ser enterrado na tarde da última terça-feira (2/5).

“Eu disse, Filho, eu tenho orgulho de você, porque não é você que está fazendo uma mãe sentir o que estou sentido. Sua mão não está suja de sangue. Um dia eu te coloquei fraldas e hoje estou te colocando flores, eu lutei tanto para que isso não acontecesse, mas infelizmente aconteceu”, narrou aos prantos.

ASSISTA VÍDEO

A autoria e motivação da morte de Gabriel estão sendo investigadas pela 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho (DT).

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