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Bahiafarma retoma produção e projeta faturamento de R$ 80 mi em Simões Filho

A Bahia está voltando a produzir remédios, após o governo do estado ter ressuscitado a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), fechada em 1996 e reaberta em 2011. A empresa já projeta um faturamento de R$ 80 milhões em 12 meses somente com a venda dos dois medicamentos, principalmente para o Sistema Único de Saúde (SUS).

As estimativas indicam que o SUS vai economizar R$ 33 milhões por ano com a aquisição dos dois itens na Bahiafarma pela metade do preço, em vez de importá-los ou adquiri-los em laboratórios privados. Isto corresponde a aproximadamente 50% das aquisições efetuadas pelo Ministério da Saúde em todo o país com estes fármacos.

O objetivo da Secretaria da Saúde (Sesab) é transformar a Bahia num polo farmacêutico nos próximos anos, produzindo remédios através de parcerias para desenvolvimento de produtos (PDP) entre a Bahiafarma e laboratórios privados.

A primeira PDP foi firmada com o Laboratório Cris-tália. Os dois medicamentos que já estão sendo produzidos e fornecidos ao SUS são: cabergolina, usado para tratar distúrbios hormonais, como o hiperpituitarismo (que faz as pessoas crescerem acima do normal), e o cloridrato de sevelâmer, prescrito para pacientes que fazem hemodiálise, como renais crônicos.

O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, informou que a Sesab está negociando outras PDPs, segmentando as parcerias em três áreas, fármacos, próteses e diagnósticos.

Associaçao
Já existem cerca de 800 PDPs de vários produtos no país, firmados por laboratórios e centros como FarMaguinhos, BioManguinhos e Butantan. A Bahia com a Bahiafarma vai se associar com várias empresas. Tem PDPs em fase de implantação com a Novartis, com a Pfizer, com a Biolab, Origen-Life. Estamos captando na Europa uma PDP para produzir próteses metálicas de quadril, válvulas de coração, contou.

Pela parceria, os medicamentos são fabricados na Bahiafarma de Simões Filho (com a tecnologia do laboratório), que se obriga a adquirir toda a produção a um preço 50% menor que o do mercado. O laboratório privado é obrigado a transferir tecnologia para a fabricação do produto. Durante cinco anos o laboratório ganha exclusividade de venda para o estado. Depois de cinco anos, a Bahiafarma fica produzindo sozinha, pagando royalties ao laboratório?, disse o secretário. Ele tem planos de com as PDPs produzir para o Brasil e exportar para a América Latina, até o final do primeiro semestre de 2016, pelo menos oito dos 34 remédios da Farmácia Popular.

Recentemente, a Sesab nomeou para dirigir a Bahiafarma o farmacêutico Ronaldo Dias, mestre de tecnologia em imunobiológicos, que trabalhava na iniciativa privada. Ele afirma que uma das tarefas é estruturar uma unidade comercial com atuação agressiva e implantar uma gestão de produção eficiente de modo a sermos competitivos no mercado.

Informou que a ampliação da produção passa pela demanda de remédios do Ministério da Saúde, pois o convênio prevê a aplicação de recursos federais na fábrica da Bahiafarma para esse objetivo. Vamos produzir também para outros clientes. Recebi a visita do embaixador da Venezuela interessado em adquirir produtos da Bahiafarmaa

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