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Bolsonaro negocia com desafetos e caciques da “velha política”

Foto: Agência Brasil

Pela necessidade de cumprir com sua principal proposta econômica – a aprovação da reforma da Previdência -, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve se reunir hoje com dirigentes dos partidos mais influentes na Câmara. As reuniões tentarão remediar as lacunas na articulação política do governo, desgastada por uma série de embates entre Legislativo e Executivo.

Bolsonaro ainda corre contra o tempo para formar uma base aliada, imprescindível para a aprovação das propostas que interessam ao governo, principalmente aquelas que exigem alterações na Constituição do país. Oficialmente, apenas a sigla do presidente, o PSL (Partido Social Liberal), que conta com 54 parlamentares, apoia o governo na Câmara.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), já demonstrou consciência disso. “Para que tenhamos uma base constituída, a gente precisa dialogar, convidar e abrir as portas”, disse ontem, após reunião com a Executiva do DEM.

Hoje, Bolsonaro deve se reunir com presidentes de seis partidos: PSDB, MDB, PP, DEM, PSD e PRB, conforme a agenda oficial divulgada ontem à noite. Conversas com outras legendas de centro-direita podem acontecer na próxima semana. Além da formulação da base, os encontros trazem à tona outros desafios para Bolsonaro.

O presidente terá de abandonar a retórica da “velha política”, já que vai dialogar com caciques partidários de peso como Geraldo Alckmin (PSDB), Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM) e Romero Jucá (MDB). De quebra, vai conversar com políticos a quem criticou ou de quem ouviu críticas públicas: Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (PSD), Ciro Nogueira (PP), ACM Neto (DEM) e Romero Jucá (MDB).

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