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Caixa anuncia melhores condições de financiar imóveis

A Caixa Econômica está implantando mudanças para melhorar as condições de financiamento às construtoras e pessoas físicas. Segundo o vice-presidente de Habitação do banco, Nelson Antonio de Souza, os recursos estão garantidos para todas as linhas de financiamento do banco. “As medidas que estamos adotando agora vão aumentar a velocidade das contratações. Isso é bom para a Caixa, para o cliente, que tem juros menores, e para a economia, porque gera emprego e renda”, avalia.

Entre as mudanças, estão o aumento da cota de financiamento, de 70% para 80%, nos imóveis novos, e de 60% para 70% em caso de imóveis usados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). “Nós estamos aumentando o limite de financiamento de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões no SFI desde o final do mês de julho. Observe que não é o valor do imóvel, mas a parcela que pode ser financiada pela Caixa”, destaca.

São R$ 10 bilhões já garantidos. “O mais importante é que não há transferência de recursos da habitação social para a de mercado. Não haverá qualquer mudança nos recursos do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), por exemplo”, acrescenta Nelson Souza. Os recursos virão do retorno da carteira de poupança, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), do mix de LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e do CRI (Certificado Recebível Imobiliário).

Setor de material sofre retração de 13%
Um levantamento divulgado pela Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção na Bahia (Acomac –BA) aponta que o segmento de material de construção, no estado, registrou queda de 13% nas transações econômicas no período compreendido entre os meses de junho de 2014 a junho deste ano. Queda provocada pela recessão econômica e pela instabilidade política, como afirma o vice-presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção na Bahia (Acomac –BA), Alexandre Cohim.

“A ausência de boas condições de prazos e juros nas linhas de financiamento existentes para finalidade de reforma e melhoria habitacional sempre foi um gargalo para o setor, sobretudo levando-se em consideração as famílias de baixa renda”, considera ele.

A aposta no setor para melhorar os números está no primeiro programa social da gestão do presidente interino do Brasil, Michel Temer, o Cheque Reforma. O projeto é baseado em experiências que já aconteceram em estados como Goiás e Pará e deve ser lançado ainda este ano, para começar a valer em 2017. Com nome provisório, a medida prevê a liberação de créditos para famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 2.640) e possibilita a realização de melhorias e pequenas reformas, a exemplo de construção de banheiro, troca de telhado e instalações elétricas.

Ainda de acordo com Cohim, caso a nova medida passe a vigorar, o setor deve ganhar fôlego. “É um programa que vai movimentar mais mão de obra e as vendas nas lojas, impactando em toda a cadeia produtiva”. Para o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Conz, é preciso facilitar o crédito para que as pessoas voltem a consumir.

“Certamente o projeto vai gerar um impacto muito importante na nossa cadeia produtiva, especialmente porque a aprovação do crédito será feita pelo CPF do beneficiário, que poderá usá-lo apenas nas lojas do setor, movimentando a economia local”, assegura Conz.

Cerca de 1 milhão de famílias devem ser atendidas pelo programa nos próximos anos. Além desse anúncio, Temer também vai tirar do papel a construção de 15 mil moradias que estão ligadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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