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Conheça o caso de Abel: Ele foi decapitado e carbonizado em Simões Filho; Filha tenta liberar corpo do IML há 2 anos

Filhas estão sofrendo. Foto: Reprodução

O luto chega para todos em algum momento da vida e vem acompanhado por inúmeros sentimentos como: tristeza, raiva, culpa, medo, alívio, vazio, aperto no peito, saudade. Mas para a estudante Roseli Santos Oliveira, de 29 anos, está sendo muito difícil superar a dor do luto. Isso porque ela perdeu o pai assassinado, de forma fria e cruel, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Há dois anos, a demora excessiva do Instituto Medico Legal para liberar o corpo, maltrata e atormenta ainda mais o coração dela e de seus familiares.

MORTE CRUEL

Pai de três mulheres, Audemi Santos Oliveira, 52 anos, conhecido na cidade como Abel, morava com a esposa no Bairro Góes Calmon. Ele trabalhava na Prefeitura Municipal de Simões Filho, lotado na Secretaria de Infraestrutura.

Na noite do dia 13 de fevereiro de 2016, o servidor público teve a casa invadida por homens fortemente armados. Logo em seguida, os criminosos rederam a vítima, começaram uma sessão de tortura, colocaram um capuz em sua cabeça e o obrigaram a entrar no porta-malas do próprio veículo, um Fiat Uno. Por sorte, a esposa dele estava viajando e escapou da ira dos assassinos.

“A tortura começou dentro de casa. Havia marcas de mão na parede da garagem, alem bastante pingos de sangue”, informou Roseli Santos Oliveira, filha de Abel

Abel era servidor público

De lá, os criminosos seguiram para o local da execução, um matagal no Guerreiro, localizado no mesmo bairro em que Abel morava. A vítima foi amarrada, torturada, decapitada, e depois de morto o corpo ainda foi incendiado no porta malas do carro.

A tristeza e o drama da família estavam apenas começando. Os restos mortais de Abel foi recolhido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), e levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, onde permanece sem identificação, um sofrimento a mais para a família.

“O Sol já não brilha da mesma maneira. Meu pai foi sequestrado, torturado, decapitado e carbonizado, e até hoje não consegui fazer o sepultamento”, desabafa Roseli.

O corpo Abel foi colocado no porta malas do caro e depois incendiado. Foto: Ilustrativa

Roseli diz se sentir em um beco sem saída, ou numa encruzilhada, ou em um caminho que parece ir a lugar nenhum, e não saber mais o fazer e a quem recorrer.

“É um descaso, falta de respeito com o ser humano. É um direto nosso. Queremos apenas a liberação do corpo para fazer o enterro do nosso pai. Ele não vai voltar mais — então, pelo menos, sossegamos um pouco o nosso coração, pois todos dias sofremos”, argumenta ela, que diz não aguentar mais esperar pelo resultado do DNA.

“O IML sempre informa a mesma coisa – tem que esperar o resultado do DNA. Só quero enterrar meu Pai. Estou sofrendo muito com essa situação. Quero enterrar meu Pai”, ressalta,

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil investiga o caso. Os investigadores foram até as cenas do crime e recolheram evidências: relatos de testemunhas, fizeram fotos com a posição do corpo, analisaram as marcas na casa. Mas até o momento, os autores do crimes não foram identificados.

A família de Abel informou que não consegue ter acesso sobre o andamento das investigações. “Para falar a verdade cansei de ir na Delegacia de Simões Filho, mas não tenho nenhuma informação. Neste momento, eu só quero mesmo enterrar meu pai”, diz Roseli.

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