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Construção civil demitiu 400 mil trabalhadores em 12 meses

A construção civil brasileira registrou queda de -0,61% no nível de emprego em abril, em relação a março, com o fechamento de 17,4 mil postos de trabalho. Esta é a 19ª queda consecutiva – desde outubro de 2014. No acumulado do ano foram demitidos 72,9 mil vagas. Em 12 meses, o total de cortes chega a 398,2 mil trabalhadores. Desconsiderando efeitos sazonais, o número de vagas fechadas em abril foi de 34,7 mil (-1,21%). Com as 400 mil demissões, o nível de emprego do setor está no mesmo patamar de maio de 2010.

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a queda do nível de emprego na indústria da construção em abril já era esperada em função da recessão, e seguirá se repetindo nos próximos meses, a menos que o setor receba estímulos.

“Esperamos que o governo retome as contratações em todas as faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida, e que a União renove os convênios para que Estados e Municípios possam aportar terrenos e recursos ao programa. Medidas para ampliar a oferta de crédito ao mercado imobiliário também são urgentes. E é preciso acelerar as providências para colocar de pé as concessões e parcerias público-privadas”, afirma o presidente do SindusCon-SP.

Por segmento, obras de instalação teve a maior retração (-1,45%) em abril na comparação com março, seguido por imobiliário (-0,83%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresenta a maior queda (-16,98%). A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Nordeste (-1,75%) e Norte (-0,89%). Na outra ponta, o Centro-Oeste apresentou alta de 1,43%, seguido pela região Sul, com 0,10%.

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