Tudo sobre INSS e Auxílio Brasil

Delegada encerra investigação por estupro e não pede indiciamento de Neymar

A delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, de Santo Amaro, encerrou a investigação de estupro em que a modelo Najila Trindade acusa o jogador Neymar. Segundo o portal UOL, a autoridade optou por não recomendar o indiciamento do jogador. Neymar e seu estafe afirmaram que não se manifestarão sobre a decisão.

O relatório de investigação agora segue para o Ministério Público que vai avaliar a decisão da delegada e escrever um parecer. As conclusões do MP e da Polícia Civil vão embasar a decisão final da juíza da Vara da Região Sul 2 de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

“Informo que na data de hoje (29/7) conclui as investigações e enviei ao Fórum, onde as partes envolvidas possuem acesso. Em razão do respeito ao trabalho de todos os jornalistas, sem qualquer distinção, foi convocada uma coletiva de imprensa para, na medida do possível, por se tratar de inquérito policial sigiloso, prestar os devidos esclarecimentos a todas as emissoras de forma igual. Em nenhum momento, houve prestação de informações à imprensa por parte desta Delegada de Polícia. Por fim, estarei a disposição amanhã na coletiva de imprensa”, esclareceu Juliana Bussacos em nota enviada ao UOL.

Na visão do advogado de Najila Trindade, Cosme Araújo, a delegada se mostrou neutra ao finalizar o inquérito. “Ela estava com receio e, sem as provas, pedir arquivamento é uma temeridade. Ela não indiciou nem pediu arquivamento. Significa que ela não tomou uma decisão favorável ou contra”, disse ele ao UOL.

“Não chegaram as imagens e nem um laudo ginecológico. O que eu entendo é o seguinte: com toda a pressão, a situação ‘Neymar sai, não sai de Paris’, acredito que a delegada resolveu tirar o abacaxi da mão dela. Jogou a bola no colo do Ministério Público”, afirmou Cosme Araújo.

O Ministério Público terá 15 dias, a partir desta terça-feira (30/7) para tomar as providências sobre o inquérito do caso, informou a assessoria de imprensa do órgão à reportagem. Cosme Araújo mantém esperanças de um desfecho favorável a sua cliente. “Delegado não julga, quem julga é judiciário. Nós ainda acreditamos no Ministério Público, acreditamos no Judiciário. Pode acontecer de o MP denunciar ou pedir mais diligência”, disse

O inquérito policial foi aberto após boletim de ocorrência realizado no dia 31 de maio por Najila Trindade. A delegada Juliana Bussacos tinha 30 dias para a conclusão do inquérito, mas fez o pedido de prorrogação do prazo no dia 1º de julho. A juíza acatou no último dia 12.

A delegada concederá entrevista coletiva nesta terça, para falar sobre o caso na sede do Departamento de Polícia Judiciária da Capital – DECAP. Também participarão da coletiva o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Albano David Fernandes, e o delegado titular da 6ª Seccional, Cosmo Stikovics Filho.

Comentários estão fechados.