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DESCASO, DOR E SOFRIMENTO: Idosa de 73 anos sofre há 39 dias internada no Hospital de Simões Filho

Foto: Cedida pela família

A história, infelizmente, não é diferente, tampouco exclusiva. É repetida, mas com novos personagens. Desta vez, uma idosa de 73 anos é a protagonista. Após cair em casa e quebrar um osso do quadril, dona Joana Maria Nascimento, está há 39 dias enfrentando uma maratona para receber atendimento médico digno no Hospital Municipal de Simões Filho.

Para a família não há dúvidas. A idosa, que hoje está sofrendo na unidade de saúde, é mais uma vítima do descaso. Tudo começou no dia 11 de abril, quando dona Joana caiu e foi encaminhada para a unidade de saúde.

A filha, Rosimeire Nascimento, 45 anos, conta que foi nas dependências do hospital que a aflição, ao invés de diminuir, aumentou. “Ela já perdeu peso e está bem debilitada. Minha mãe entrou no hospital com um problema e agora adquiriu outros. Ela já está com um quadro de febre — pois, está com Escaras nas costas e nos pés”, lamentou a filha da idosa. As escaras, também conhecidas por úlceras de pressão ou úlceras de decúbito, são feridas que aparecem na pele de indivíduos que permanecem muito tempo na mesma posição, como ocorre em pacientes internados em um hospital, fato que está acontecendo com dona Joana. As feridas podem aparecer em diversas regiões de apoio do corpo, especialmente atrás da cabeça, nas costas, na articulação do quadril, no cóccix, nas nádegas, cotovelos e calcanhares.

Rosimeire avalia que falta estrutura no hospital da cidade, administrado pela Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Castro Alves (APMI), que recebe mensalmente R$ 2.604.575,83 milhões mensal, segundo o portal transparência. “A nível de enfermeiros, técnicos e assistência eu só tenho a elogiar. Mas a nível de atendimento médico não está bom. Ortopedista passa de vez em quando, muitas das vezes médicos clínicos avaliam minha mãe. Ela só esta tomando remédio para dor e alguns antibióticos. Cada dia que passa minha mãe está piorando”, descreveu a filha.

“Minha mãe é muito importante para mim e eu não quero que ela venha falecer”

Como não há suporte no Hospital Municipal de Simões Filho e por conta do grave problema de saúde, a idosa precisa de uma cirurgia de urgência em um hospital qualificado — mas até o momento, a família não conseguiu a regulação para Salvador. “Já fui no Ministério Público e em em todos os órgãos competentes, mas até agora nada. Minha mãe está se acabando, estou vendo a hora dela morrer — pois, já foi constatada uma anemia, está tendo muita febre e já se formaram feridas no corpo pelo fato de está tanto tempo deitada. Não aguento mais isso — estou vendo a hora de minha mãe morrer e ninguém faz nada. Por favor me ajude!,” implorou Rosimeire e acrescentou: “A justiça já concedeu uma liminar para transferência de minha mãe, mas até agora nada foi feito”.

RESPOSTA DO HOSPITAL DE SIMÕES FILHO

Por telefone, o Simões Filho Online entrou em contato com a administração do Hospital Municipal de Simões Filho, que por meio da assessoria, informou que Joana Maria Nascimento chegou ao hospital no dia 11 de abril com uma fratura no quadril e uma ulcera no membro superior esquerdo que já foi tratada. Ainda conforme o hospital, ela não está podendo tomar antibióticos, não tem nenhuma inflamação, tem sido acompanhada diariamente por ortopedistas e o seu quadro de saúde é estável.

Também por meio de assessoria de imprensa, o orgão disse que em virtude da idade dela, de 73 anos, dona Joana só pode ser transferida para um Hospital que tenha uma UTI pra realizar a cirurgia. “Diariamente a regulação do Hospital tem atualizado a situação dela não só no sistema de regulação do Governo do Estado, como tem ligado intermediando essa transferência pra outra unidade de saúde, contudo, o que tem dificultado é ausência de um hospital com UTI”.

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