Dinheiro do Bolsa Família pode acabar? Os beneficiários do Programa Bolsa Família receberam uma notícia preocupante. Após quase dois anos, o programa Bolsa Família voltou a ter fila de espera para quem deseja entrar no programa social que transfere dinheiro para pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo país. A informação foi dada pelo ministro Osmar Terra (Cidadania) durante reunião com integrantes da CMO, ocorrida há alguns dias.
E não é só isso, os recursos do Bolsa Família pode não ser suficiente até o fim do ano, segundo o Jornal Folha de São Paulo. Entenda os detalhes abaixo.
Segundo o ministro Osmar Terra, a fila para entrar no programa está voltando, segundo ele, em função da dificuldade orçamentária do governo federal.
O Bolsa Família é o carro-chefe dos programas sociais do governo e atende a pessoas extremamente vulneráveis. A fila de espera se forma quando as respostas demoram mais de 45 dias.
O prazo vinha sendo cumprido desde agosto de 2017, quando Terra era ministro do Desenvolvimento Social (antiga pasta da Cidadania) de Michel Temer (MDB). Mas, por falta de recursos, o programa regrediu no governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Dinheiro pode não dar para pagar até o fim do ano
Segundo o Jornal Folha de São Paulo, o Bolsa Família está funcionando no limite do orçamento para este ano. Até agosto o governo pagou cerca de R$ 20,9 bilhões para as 13,5 milhões de famílias brasileiras aptas a receberem o benefício —uma média de R$ 2,6 bilhões por mês. Com esse ritmo, o dinheiro que está reservado —R$ 29,5 bilhões— pode não ser suficiente até o fim do ano. Ainda mais que a equipe econômica congelou cerca de R$ 1 bilhão, de um total de quase R$ 5 bilhões, para as atividades da pasta responsável por gerir o programa.
Essa noticia está deixando muitos beneficiários preocupados, tendo em vista que muita gente depende do beneficio para para comprar alimentos, roupas e materiais escolares dos filhos.
O programa
Todo mundo sabe que o Bolsa Família é um programa direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País. Ele foi iniciado pelo ex-presidente Lula ainda no seu primeiro mandato, em 2004. Ele consiste basicamente na unificação dos programas sociais já existentes no País e suas ampliações. Segundo o Governo Federal, são cerca de 13 milhões de famílias favorecidas pelo Bolsa Família, atualmente.
A população alvo do programa são famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. São consideradas em extrema pobreza pelo Governo Federal famílias com renda de até R$ 178 por mês por pessoa.
O benefício oferecido as famílias inscritas é divido de três formas: Benefício Básico, Benefício Variável e Benefício para Superação da Extrema Pobreza. O Benefício Básico está no valor de R$ 41 e independe da formação familiar. O Benefício Variável também é de R$ 41 e depende da quantidade da formação familiar. O Benefício para Superação da Extrema Pobreza pagara R$ 89. Famílias com gestantes, nutrientes – mães que estão em fase de amamentação, crianças e adolescentes de 0 a 16 anos podem acumular até cinco benefícios, ou seja até R$ 372.
Uma ramificação do Benefício Variável é o Benefício Variável Jovem, quando uma família com jovens entre 16 e 17 anos podem acumular até dois benefícios de R$ 4.
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