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Pai ‘batiza’ o filho como ‘Vaineymar’ para zoar a esposa

Foto: arquivo pessoal

O casal levou meses para escolher o nome do filho. Depois de muita deliberação, decidiram que se chamaria Antônio, em homenagem ao avô dela. Mas quando o bebê nasceu, um dia antes da abertura da Copa do Mundo da Rússia, o vendedor carioca Raphael Faisel, de 36 anos, resolveu fazer diferente.

Saiu do cartório do hospital maternidade Fernando Magalhães, no Rio, com uma certidão de nascimento única na história dos registros civis brasileiros. O que certamente seria uma surpresa para a esposa Fernanda.

Quando voltou ao leito de Fernanda, Raphael percebeu que ela dormia. “Acorda, amor”, disse o pai, concentrando-se para não rir. “Deu tudo certo. Fui o primeiro, foi rápido, está aqui a certidão.”

Quando Fernanda se ajeitou para conferir o papel, tomou um susto ao ver as letras garrafais que formavam o nome completo de seu rebento: “Vaineymar dos Santos Veloso Batista”, nascido “aos treze (13) dias do mês de junho (06) do ano de dois mil e dezoito (18)”.

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“Não acredito que você fez isso!”, disse a atônita esposa ao marido. “Vou fazer tudo o que eu puder para cancelar esse negócio.” Raphael manteve-se sério: “Amor, é Copa. O Brasil vai ser hexa, vai ser Vaineymar o nome dele, sim.”

A indignação de Fernanda crescia na mesma medida em que se tornava impossível para Raphael segurar o riso. Só revelou a verdade quando notou “uma veia tremelhicando na testa” dela.

A ideia da pegadinha havia nascido meses atrás. Ao chegar no cartório, ele verbalizou o plano de chamar seu filho de “Vaineymar” à escrivã. Sua surpresa foi grande quando a escrivã não apenas achou aquilo muito engraçado como também resolveu entrar no jogo. Enquanto ela redigia a certidão verdadeira do bebê Antônio, preparou uma falsa para que ele pudesse tirar sarro da esposa.

A funcionária entregou os dois papeis, sob a condição de Raphael devolver o falso imediatamente após a conclusão da pegadinha.

“Vaineymar” é uma piada interna do casal. “Eu gosto muito de ver os jogos da seleção, mas ela não gosta. Ela é Flamengo, e pra ela só existe Flamengo. Quando a gente vê jogo da seleção, fico tirando foto nossa e coloco ‘Vai Neymar’ na legenda”, explicou Raphael.

Depois de revelada a brincadeira, Fernanda se recompôs do susto e, apesar de os dois terem rido muito, Raphael temeu que a esposa pudesse ter alguma complicação lactante. “Ela passou por um trauma. Depois alguns amigos mais sensatos disseram que ela podia até ter secado o peito”, disse o pai. “Mas deu tudo certo, está tudo bem.”

Raphael não tirou foto do documento falso e o devolveu ao cartório assim que a piada foi concluída. Ele não sabe dizer como, mesmo assim, uma foto da certidão de “Vaineymar” foi parar na internet, no Facebook e no Whatsapp, circulando entre admiradores da Copa e do bom humor brasileiro.

“Mandou a foto no celular e eu tomei um susto porque nem eu nem minha esposa fotografamos a certidão. Foi uma brincadeira muito sadia e acabou tudo certo”, disse ele, para ponderar em seguida. “Sadia para quem viu de fora, né? Para a minha esposa foi um trauma [risos].”

Antônio, que é o segundo filho do vendedor, nasceu saudável e descansava nesta sexta-feira, seu primeiro dia fora do hospital. Raphael acredita que tenha deixado ao menos como legado ao garoto um apelido único.

“Daqui a uns anos todo mundo que lembrar disso vai falar para ele: ‘Seu nome ia ser Vaineymar’.”

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