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Governo quer acelerar impressão de dinheiro para pagar auxílio emergencial, diz jornal

Governo quer acelerar impressão de dinheiro para pagar auxílio emergencial, diz jornal
Governo quer acelerar impressão de dinheiro para pagar auxílio emergencial, diz jornal

Governo quer acelerar impressão de dinheiro para pagar auxílio emergencial, diz jornal.

Governo federal e Banco Central ficaram surpresos com a quantidade de brasileiros que foram às agências bancárias para sacar o auxílio emergencial de R$ 600 em espécie. Temendo faltar dinheiro em papel, a ideia é, segundo o jornal O GLOBO , acelerar a produção de cédulas na Casa da Moeda.

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De acordo com o jornal, o Banco Central já teria pedido à Casa da Moeda que imprimisse mais dinheiro físico, como antecipou a Reuters no último final de semana. O objetivo é aumentar o estoque e garantir que este seja suficiente para pagar a segunda e a terceira parcelas do auxílio, que tiveram seus calendários adiados pelo governo.

A avaliação interna é de que os níveis de cédulas estão baixos e podem apresentar riscos para os pagamentos do auxílio de R$ 600 . O BC aponta que houve um aumento expressivo de dinheiro em circulação no Brasil desde o início da liberação do benefício.

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Desde a data do primeiro pagamento, 9 de abril, até a última sexta-feira (8, último dia com registro disponível) o total de dinheiro em circulação no Brasil subiu R$ 36,4 bilhões. Para pagar o auxílio, a Caixa Econômica Federal já liberou ao menos R$ 35,5 bilhões a 50,5 milhões de pessoas.

A tendência, portanto, é que esse número aumente ainda mais com a conclusão do pagamento da primeira parcela e a liberação das seguintes. Por conta dessa demanda, o BC já teria pedido a aceleração da impressão de dinheiro.

“O BC fez consulta à Casa da Moeda quanto à viabilidade de antecipação das entregas previstas dentro da programação de produção anual de cédulas para construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do fenômeno de entesouramento que se observa desde o início da pandemia”, informou a autoridade monetária em nota divulgada pelo GLOBO .

Polêmica, a impressão de dinheiro já foi defendida neste momento de crise tanto por integrantes do governo – o ministro da Economia, Paulo Guedes – quanto por quem outrora já esteve no Executivo. O ex-ministro da Fazenda do governo de Michel Temer, Henrique Meirelles – hoje Secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo – e o ex-presidente Lula (PT) também defenderam a medida como importante para lidar com a crise.

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O receio de aumento da inflação com a impressão de mais dinheiro foi tratado por Meirelles. Segundo o economista, não há esse risco no momento devido a baixa demanda causada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Com a crise, ter mais dinheiro em circulação até poderia ter peso inflacionário, mas isso não seria significativo, segundo ele.

Em abril, o Brasil teve, apesar da alta dos preços dos alimentos , uma deflação de 0,31%. O resultado foi o menor em 22 anos . No acumulado deste ano, a inflação é de apenas 0,22%, o que ajuda a sustentar a possibilidade de imprimir dinheiro sem temer alta da inflação.

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