Grupo goiano compra complexo Costa do Sauípe por R$ 140 milhões
A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), o maior fundo de pensão do País, fechou na sexta-feira (24/11), a venda do complexo turístico Costa do Sauípe, na Bahia, para a Companhia Termas do Rio Quente, de Goiás, pelo valor total de R$ 140,5 milhões.
A operação encerra uma longa fase de dificuldades que a Previ enfrentou em relação ao empreendimento, do qual tentava se desfazer há cerca de uma década. A Rio Quente pagará à Previ o equivalente R$ 3,80 por ação ON e PN da Sauipe S.A., controlada pelo fundo de pensão dos funcionários do BB. São 12,3 milhões de ações ON e 24,6 milhões de papéis PNA, que representam 100% do capital social da Sauípe.
Os valores podem sofrer ajustes de acordo com o endividamento líquido e o capital circulante da companhia vendida.
Distante 76 quilômetros de Salvador, O resort foi concebido pela Odebrecht em 1993. Em 1997, a Previ entrou no negócio, que foi lançado três anos depois. O empreendimento, que tem cinco hotéis e cinco pousadas, em um total de 1564 quartos, teve a gestão dividida entre as redes hoteleiras internacionais Sofitel, Marriott e SuperClubs.
Sem atingir as expectativas iniciais de ocupação e depois de meses de negociações com o fundo de pensão, as redes deixaram o empreendimento e, em 2009, a gestão de todo o complexo ficou por conta da Sauípe S.A.
Negociações. Em 2009, algumas ofertas surgiram, como as feitas pela rede espanhola Quail e pelo bilionário Enrique Bañuelos, ambas na casa dos R$ 200 milhões. Bañuelos estava associado à rede SuperClubs, mas, segundo fontes à época, a crise financeira havia atrapalhado a investida do espanhol.
Segundo estimativas do mercado à época, o e complexo já teria consumido pelo menos R$ 1 bilhão em investimentos.
Em 2016, Sauípe teve prejuízo de R$ 29,3 milhões, 26% maior que o do ano anterior.
*Estadão Conteúdo
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