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INSS prevê liberar benefícios em até 25 dias ainda este ano

INSS prevê liberar benefícios em até 25 dias ainda este ano
INSS prevê liberar benefícios em até 25 dias ainda este ano

INSS prevê liberar benefícios em até 25 dias ainda este ano.

A contratação temporária de servidores civis aposentados e militares da reserva ajudará o INSS a reduzir o tempo médio de espera para a análise de pedidos de benefícios dos atuais 80 dias para algo entre 20 e 25 dias, afirmou nesta segunda (2) o presidente do INSS, Leonardo Rolim.

Nesta segunda, o governo de Jair Bolsonaro publicou a medida provisória que autoriza contratações temporárias para órgãos federais em situações emergenciais e de calamidade pública.

A Secretaria de Previdência prevê a publicação dos editais de convocação dos temporários até 20 de março e, após a realização do processo seletivo simplificado, que os novos contratados comecem a atuar ainda na primeira quinzena de abril.

Para os servidores civis aposentados, haverá duas formas de remuneração: por produtividade ou por meio de salário mensal fixo.

No caso específico dos civis contratados para o INSS, o pagamento será por produtividade para aqueles que forem contratados para realizar análises de requerimentos de benefícios e também para médicos peritos.

Para essas atividades somente serão aceitos servidores aposentados que, na ativa, desempenhavam essas funções.

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A bonificação para cada processo de análise de benefício concluído será de pouco mais de R$ 57. Já o bônus pago por perícia médica será de aproximadamente R$ 62.

Não haverá um limite de vagas para a contratação desses profissionais remunerados por produtividade.

Considerando os contratados que não precisarão de formação específica, a força-tarefa de temporários contará com 8.220 contratados para atuar em setores da Previdência. Somente para as áreas de atendimento e apoio administrativo do INSS serão 7.400 contratados.

O custo com o pagamento de salários será de R$ 160 milhões até o fim deste ano. A estimativa não inclui as bonificações.

Para os civis que atuarão no atendimento e suporte administrativo, a renda mensal oferecida será de R$ 2.100, para atividades simples (atendimento, por exemplo) e R$ 4.200 para atividades consideradas complexas.

No caso dos militares da reserva, a remuneração será de 30% do valor da aposentadoria que eles recebem.

Para atividades de menor complexidade, somente serão aceitos militares cuja patente máxima for de segundo sargento.

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O órgão ainda contará com outras medidas para reduzir a fila de 1,2 milhão de benefícios em atraso (são considerados atrasados os casos em que a análise leva mais de 45 dias).

O estoque de benefícios do INSS é de 1,8 milhão de pedidos. O número considera dados de 27 de fevereiro e incluem benefícios previdenciários e assistenciais.

Uma das ações é a ampliação das concessões automáticas, que, segundo Rolim, chegaram a 1,1 milhão em 2019 e, neste ano, já alcançaram cerca de 200 mil.

BPC travado

O presidente do INSS afirmou ainda que os pedidos de BPC (Benefício de Prestação Continuada), benefício assistencial pago a idosos pobres e portadores de deficiência, são os mais complexos e com a maior espera.

“É extremamente complexo conceder um BPC, infelizmente. Primeiro porque o sistema é complexo porque tem três análises: de renda, análise social e análise médica, quando é BPC para pessoa com deficiência”, disse.

Rolim também citou a dificuldade do INSS em lidar com concessões de benefícios assistenciais impostas pela Justiça nos casos em que a renda mensal familiar ultrapassa o teto de 25% do salário mínimo por pessoa.

“Além disso, com as diversas ações civis públicas que nós temos pelo país inteiro a primeira parte, que é a de análise de renda se tornou muito mais complexa do que normalmente seria”, comentou.

“Então, hoje o BPC é um benefício que realmente é muito difícil de ser concedido e é o benefício que a gente hoje tem maior represamento e maior prazo para análise”, afirmou Rolim.

Fonte: Folha UOL

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