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Mercado municipal de Simões Filho; alimentos, clientes e feirantes dividem espaço com cães e ratos

Descaso no mercado municipal de Simões Filho; alimentos, clientes e feirantes dividem espaço com cães e ratos

O grande número de animais abandonados pelas ruas de Simões Filho, e a ausência do poder público municipal torna a situação um alerta. A evolução do quadro é ainda pior dentro do Mercado Municipal da Cidade. Restaurantes, bares e boxes de alimentos dividem espaço com os animais.

A reportagem, deparou com a cena de cães que deveriam ser amparados pelo município, mas que ficam acomodados nos espaço que deveria ser dos feirantes e comerciantes lotados no Mercado Público Municipal, alem dos clientes. A situação só não é pior por conta do trabalho realizado pela Ong Pata de Luz, que tem como diretora Elma. Eles cuidam dos animais que estão dentro do mercado municipal e por toda a cidade, mas reconhecem que os cães precisam ser levados para um abrigo.

De acordo com informações de feirantes e comerciantes do local, várias pessoas deixam de comprar e até mesmo frequentar o centro de compras por conta da quantidades de cães no mercado. “Aqui não é lugar de animais, estamos sendo prejudicados. A prefeitura precisa levar esses bichinhos para um abrigo. Elza faz um grande trabalho aqui, mas perdemos muitas vendas – as vezes as pessoas vem almoçar aqui, porem, ao se deparar com cães no espaço, desistem de se alimentar e ficamos no prejuízo. Disse uma comerciante.

Alem dos cães, ratos tomaram conta do Mercado Municipal de Simões Filho, segundo uma comerciante, o perigo de contaminação dos alimentos é constante. “A todo momento observamos cães e ratos passando por aqui, assustam clientes e sem contar que os alimentos vendidos aqui podem ser contaminados, cadê a SESP, esse mercado está uma imundície”. Denunciou.

Embora muita gente não o saiba, em Simões Filho existe uma Ong que além de acolher cães de ruas, tratá e dar em adoção, participa das discussões a respeito das questões envolvendo o destino desses animais, que comem, literalmente, o pão que o diabo amassou nas ruas da cidade e no mercado municipal. Todas vivem a expectativa de que o poder público municipal efetive algumas das medidas sugeridas por representantes da instituição e da sociedade organizada. Tratar, abrigar e alimentar os animais é um bom começo.

O controle da população canina de rua, é necessário, entre outros motivos, para evitar a incidência da Leishmaniose Visceral, o popular calazar, cujo processo de infecção humana precisa dos cachorros, os hospedeiros do vírus transmitido pelo mosquito Flebótomo (também conhecido como palha, birigui ou tatuquiras).

Segundo a coordenadora da Ong Patas de Luz, Simões Filho é a unica cidade da região metropolitana de Salvador sem um Centro de Zoonoses. O trabalho da Ong é árduo e não conta com o apoio do poder público municipal.

Ainda segundo a Ong, falta um local para abrigar os animais, cuja providência a Prefeitura de Simões Filho ainda não conseguiu implantar. “Nós temos focado na castração para diminuir a quantidade de cachorros abandonados na cidade – os voluntários da Org Pata de Luz se sensibilizam com os cães – ocorrer que, as pessoas sabendo que tratamos e cuidamos desses animais, tem feito da feira do mercado municipal um local de abandono – abandonam cadelas doentes, cadelas com filhotes e nós – especialmente Elma, diretora da Ong – têm levado os animais para castrar e realizamos um serviço de encaminhamento para um lar, porem, não temos apoio de ninguém. Precisamos de um local para abrigar os animais – espero que a prefeitura se comprometa a nos ajudar”.

Apesar do grande trabalho realizado da pela Ong, os cães de rua, geralmente abandonados, vivem à mercê de restos de comida e abrigos que conseguem encontrar para sobreviverem – um desses locais é o mercado municipal.

As autoridades precisam se conscientizar dos riscos que os cães abandonados estão causando à população, pois já podem ser considerados problemas de Saúde Pública, e alguma medida deve tomada imediatamente.

O Poder Público poderia formalizar, por exemplo, uma parceria com a Ong Patas de Luz, conseguindo um local para recolher estes animais, para serem assistidos por Veterinários. Os cães receberiam cuidados necessários até que alguém decidisse adotá-los. Desta maneira, seria uma forma humana de cuidar dos animais, que deixariam de ser um risco à população simõesfilhense.

Jerffeson Brandão – Jornalista DRT-4826 | BA

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