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Nelson Leal apresenta Moção de Aplauso a Chico Buarque pelo Prêmio Camões de Literatura 2019

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Nelson Leal (PP), apresentou Moção de Aplauso ao compositor e escritor Chico Buarque de Holanda, vencedor do Prêmio Camões de Literatura 2019. “Por suas músicas, peças teatrais e livros, Chico Buarque tem lugar entre os grandes pensadores de língua portuguesa. Não bastasse a grandeza intelectual da sua obra, ele, com suas letras de cunho social, influenciou o pensamento político de milhares de jovens”, diz Nelson Leal.

Na Moção de Aplauso, Nelson Leal rememora a trajetória de Chico Buarque, estudante, ativista político, compositor, vencedor de festivais, cantor, dramaturgo e escritor. “Perseguido e censurado pelo regime militar, foi exilado na Itália. Na volta ao Brasil, para driblar a censura adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual emplacou sucessos como Acorda Amor, Jorge Maravilha e Milagre Brasileiro”, relata o chefe do Legislativo baiano.

Na Moção também é descrita a carreira literária, iniciada em 1979, com o livro infantil O chapeuzinho amarelo. O primeiro romance, Estorvo, vencedor do Prêmio Jabuti, foi escrito em 1992 e o segundo, Benjamin, em 1995. Em 2004, Chico Buarque voltaria a ganhar o Jabuti, com o livro Budapeste, premiação repetida em 2010, com Leite Derramado, também ganhador do Prémio Casa de las Américas, em 2013. Seu último livro, O Irmão Alemão, foi vencedor do Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte em 2014. A Bordo do Rui Barbosa, Fazenda Modelo e Gota d’Água são outros livros escritos por ele. Gota d’água, Os saltimbancos, A Ópera do Malandro, Calabar: o elogio da traição, Roda Viva e O grande circo místico são incursões de Chico Buarque pelo teatro.

O Prêmio Camões de Literatura foi instituído em 1988 pelos governos de Brasil e Portugal, com o objetivo de consagrar autores de língua portuguesa que, pelo conjunto da obra, contribuem para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural lusófono. Ao vencer a 31ª edição, cujo anúncio aconteceu no dia 21 deste mês, Chico Buarque juntou-se aos conterrâneos João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Antonio Cândido, Autran Dourado, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles, João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar e Dalton Trevisan; ao português José Saramago; ao angolano Pepetela (Artur Carlos M. Pestana dos Santos); e ao moçambicano Mia Couto.

Noel Rosa, Ataulfo Alves e João Gilberto estão entre as suas influências musicais, mas, sem dúvida, a maior delas é Tom Jobim, a quem dedicou a música Paratodos,na qual afirma que meu maestro soberano foi Antonio Brasileiro”, observa Nelson Leal, complementando que Chico Buarque foi parceiro de outros gênios da MPB, a exemplo de Vinícius de Morais, Toquinho, Baden Powell, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime, e sua poesia, além das questões sociais,também retrata o ponto de vista feminino com lirismo em composições como Com açúcar e com afeto, Folhetim, Olhos nos olhos e O meu amor.

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