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SIMÕES FILHO: Pegar buzu que passa pela BR-324 é barril

Arrastões têm sido frequentes, principalmente nos ônibus oriundo da cidade de Simões Filho. Foto Ilustrativa: Evelen Gouvêa/O Fluminense

Perdeu, perdeu! Passa tudo! Quem já ouviu essas expressão dentro de um ônibus sabe muito bem como é o momento. A única solução é pedir a Deus para o criminoso levar apenas bens materiais, e deixe o que há de mais precioso – a sua vida.

Foto: Mario dos Santos Nogueira Junior

Os moradores de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (RMS), é quem bem sabe disso. Não tem hora e lugar. Mas tem determinados trechos do percurso dos coletivos, que o medo aumenta. É o caso da BR-324. Passageiros apontam como um dos locais mais propensos de ocorrer assaltos. Trechos da rodovia BA-526/Cia-Aeroporto, BA-528 e Avenida Suburbana também é uma preocupação para os passageiros. Passar por estes locais tem deixado os usuários apreensivos.

A vendedora Patricia Nunes, 27, foi uma das vítimas desses assaltos. Ela já foi roubada duas vezes. “Trabalho em Salvador e tenho que utilizar o transporte diariamente. Sempre teve esses assaltos, mas a cada dia piora ainda mais. Os assaltantes chegam armados e de forma violenta, tocam um verdadeiro terror. É preciso encontrar uma solução”, disse.

Caroline Santos Moreira, 22 anos, é uma das vítimas desses assaltos.

O medo dos passageiros não é à toa. Há pouco mais de dois meses, mais precisamente no dia 12 de setembro deste ano, a cantora gospel Caroline Santos Moreira, 22 anos, foi baleada durante um assalto dentro de um coletivo. Era noite e o ônibus fazia a linha Itaigara X Simões Filho.

Caroline, que é estudante de enfermagem, fazia o percurso diariamente. Ela trabalhava na Pituba. Após sair do curso, a jovem estava retornando para sua casa em Simões Filho. Testemunhas relataram que três bandidos embarcaram no ônibus e um deles, ao se aproximar de um trecho da rodovia CIA-Aeroporto, ordenou que o motorista parasse o ônibus. No momento em que o trio se preparava para deixar o coletivo, um dos assaltantes atirou aleatoriamente, contra o coletivo, atingindo Caroline. A jovem foi socorrida e passou por cirurgias. Atualmente, ela está se recuperando bem.

Casos como o de Caroline, assusta a estudante Marilene Santos, 22, que também já presenciou um assalto. Ela conta que ao embarcar no coletivo, fica em clima tensão. “Eu desconfio de tudo e de todos. Quando o veículo para na BR e entra passageiros, vem logo o frio na barriga e o medo de ser mais um assalto”, conta.

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