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“Polo Petroquímico de Camaçari em risco!”

O aditivo ao contrato de fornecimento de nafta da Petrobras com a Braskem expira no próximo dia 31 e, até o momento, não há sinal de acordo entre as partes, o que pode gerar repercussões negativas no Polo Petroquímico da Bahia.

Se o contrato não for renovado, toda a cadeia de plástico e petroquímica do país será afetada, motivo pelo qual está prevista para esta quinta-feira uma grande mobilização nacional, liderada pela ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química em prol do fechamento desse acordo.

Embora o Ministério de Minas e Energia (MME) tenha interesse no acordo, como afirmou recentemente o ministro Eduardo Braga que sugere um acordo com prazo de até 15 anos, há impasse nas negociações porque a Petrobras, que é ao mesmo tempo a acionista e a maior fornecedora da Braskem, quer repassar custos de logística e importação para o preço da nafta, o que resultaria em aumento de até 7% frente aos valores previstos no contrato anterior, e a indústria química brasileira não tem condições de absorver aumentos de custo, segundo informa o ValorPro.

A Petrobras produz nafta e poderia destinar a produção interna a Braskem, mas a estatal passou a comprar nafta no mercado internacional para adicionar à gasolina e controlar as importações desse combustível. As empresas do setor petroquímico afirmam que a conta dessa importação não cabe ao setor petroquímico.

A Bahia já sente os reflexos do impasse e na sexta-feira passada perdeu um investimento de US$ 200 milhões, pois a empresa alemã Styrolution, uma das maiores fornecedoras globais de estireno, anunciou a suspensão do projeto de constituição de uma joint venture com a Braskem no Brasil, para a construção de uma fábrica de resinas dando como explicação as atuais condições adversas de mercado e incertezas quanto às perspectivas de mercado.

Caso o contrato não seja renovado o impacto no Polo Petroquímico e na economia baiana será grande, com reflexos na arrecadação de impostos. A indústria estadual é fortemente dependente da cadeia petroquímica e o aumento de preços da nafta vai afetar várias empresas petroquímicas do Polo de Camaçari, que compram insumos da Braskem, e não suportarão o repasse nos preços.

Fonte: Bahia Econômica

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