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Prefeitura registra aumento de crianças em situação de risco no Carnaval

Com três dias de Carnaval, a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) registrou um número significativo de crianças ainda na primeira infância sendo levadas pelos pais para os principais roteiros da folia. Depois de aproximadamente mil abordagens realizadas nos circuitos Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Centro), os agentes da pasta acolheram 105 crianças com idade entre 0 e 6 anos.

Os menores, com idades entre 0 e 17, flagrados em situação de risco social e violação de direitos, como negligência e trabalho infantil, por exemplo, são levados para os quatro espaços de convivência montados pela Semps para atender principalmente os filhos de ambulantes e demais trabalhadores da folia. Entretanto, os menores só vão para os espaços com consentimento dos pais.

Durante a festa, a secretaria mantém 10 equipes de quatro pessoas percorrendo as principais vias de acesso da folia e também os locais de maior concentração de ambulantes e demais trabalhadores informais do Carnaval.

Os centros de convivência estão localizados no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do Calabar, que fica na Rua Maria Pinho, no Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ciac), no Alto de Ondina, e no Colégio Estadual Teixeira de Freitas, no bairro de Nazaré, além do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, nos Barris.

Abordagem – Após ser identificada a vulnerabilidade social, os jovens são submetidos a uma triagem para reconhecimento do histórico social, familiar e de saúde de cada indivíduo e inicia o período de acolhimento. Eles têm acesso a até seis refeições diárias, cuidados com a higiene pessoal, muda de roupas, atividades multidisciplinares e de lazer. Os centros de convivência têm capacidade para atender até 70 jovens durante 24 horas. No local, os pequenos são cuidados por uma equipe formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, dentre outros profissionais.

Até o fim da tarde deste sábado (25), os espaços de convivência já acolheram 184 crianças e adolescentes em situação irregular nos circuitos do Carnaval. Foram atendidos ainda pelas equipes da secretaria 71 jovens entre 7 e 11 anos, e 8 entre 12 e 17.

“A maioria destes jovens são filhos de ambulantes e catadores de recicláveis, que aproveitam o período carnavalesco para obterem uma renda extra. O fato positivo disso tudo é que a demanda espontânea da própria família encaminhar estes menores para os centros cresceu, o que reforça a qualidade e excelência do serviço oferecido nas festas populares da Bahia, e isso pode ser constatado pela própria comunidade. Até o final da festa devemos ter todos os quatro centros com a capacidade esgotada, totalizando mais de 280 jovens acolhidos. Por conta disso devemos ter essa capacidade aumentada para os próximos anos”, afirma o secretário em exercício da Semps, Átila Brandão Filho.

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