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Reação de militares a protesto causa preocupação na cúpula do governo

Reação de militares a protesto causa preocupação na cúpula do governo
Foto: Estadão

O governo Michel Temer (MDB) acompanha com “alta preocupação o risco de movimentos de protesto se alastrarem pelo país com complacência ou simpatia por parte de militares”. As informações são da Folha de São Paulo. Segundo o periódico paulista apurou, “ninguém fala em golpe ou intervenção”.

Tais hipóteses são consideradas implausíveis nos estratos superiores do comando. Porém, o temor relatado por oficiais de alta patente entrevistadas pela Folha é o de uma insatisfação difusa, horizontal, entre as tropas responsáveis por manter a ordem quando acionadas para isso.

Assim, o próprio governo considera como mera ameaça a medida anunciada de que motoristas militares poderiam tomar o assento de manifestantes nas estradas. Além do perigo de confronto, há a possibilidade de soldados se negarem a fazê-lo, o que seria fatal para a já combalida autoridade do governo.

A avaliação é atenuada por alguns oficiais generais mais experientes. Um deles afirmou que o maior problema neste momento é a disseminação de boatos e notícias falsas em grupos de WhatsApp – citou dois vídeos em que supostos oficiais da ativa, na verdade pessoas com uniformes improvisados, garantiam apoio a manifestantes.

Estão sendo monitorados, contudo, atos como os que ocorreram em frente a quartéis em Minas e Rio Grande do Sul no fim de semana, com parentes de manifestantes pedindo intervenção militar. O instrumento é previsto no artigo 142 da Constituição, para garantia da lei e da ordem, mas o texto é explícito acerca da subordinação ao presidente da República. A pauta não é consensual mesmo entre manifestantes.

“Não é mais o movimento dos caminhoneiros, são grupos que pedem intervenção militar, sendo que quem está negociando conosco é o presidente da República”, disse José Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros. “Pedir intervenção desmoraliza o bom caminhoneiro”, afirmou ele.

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