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A SAÍDA: Com crescimento da violência, Horto Florestal contrata segurança privada como solução

Foto: ilustrativa/divulgação

Do Aratu Online, parceiro do Simões Filho Online

Alguns bairros soteropolitanos de alta renda encontraram a solução para o problema da insegurança na privatização do serviço. Recentemente moradores do Horto Florestal contrataram empresas de segurança para fazer rondas no local, após o aumento significativo dos assaltos na área.

“Desde abril, aumentou a procura pelos nossos serviços no Horto Florestal. Além disso, nos estabelecimentos e condomínios que possuem contratos, estamos com algumas propostas de alteração para aumentar o efetivo”, pontua a coordenadora operacional da Max Forte, Michele Mendes.

Outra empresa que presta serviço semelhante na capital baiana é a Sempre Forte. O grupo também passou a ser mais procurado pelos moradores do Horto. “Estive lá na quarta-feira [7/6] para fechar contrato de segurança patrimonial com um posto de combustíveis”, conta a responsável comercial da empresa, Gilene Franco.

A gestora concorda ainda que, além da segurança que conta com vigilantes particulares e viaturas 24 horas, a população procura ainda pelo monitoramento por circuitos internos, geralmente feito pelas câmeras de segurança. Barra e Barbalho também estão na lista das localidades onde a empresa atua.

Horto Florestal é cercado por avenidas de grande movimentação, o que pode facilitar a fuga de criminosos. Imagem: Google Maps

AÇÃO CINEMATOGRÁFICA

O episódio que deixou os moradores do Horto Florestal mais assustados aconteceu na noite do dia 15 de março deste ano. Uma quadrilha de homens fortemente armados e encapuzados rendeu os seguranças privados e roubou clientes e funcionários da delicatessen Almacen Pepe. Coletes e armas dos seguranças também foram levados.

Quase três meses depois da ação, apenas um suspeito foi preso. Iuri Lopes Souza, de 24 anos, foi localizado no dia 16 de maio no Nordeste de Amaralina. Com ele foram encontrados 15 iPhones, chaves de automóveis, correntes de ouro, documentos, cartões, relógios e dinheiro. A polícia suspeita que os pertences sejam dos clientes assaltados.

Dois meses antes da prisão de Iuri, a polícia apreendeu um carro que foi utilizado no roubo junto com Alexandre Bonfim de Lima. Ele negou participação no assalto à delicatessen ou que conhecesse qualquer um dos assaltantes que atacaram o estabelecimento, afirmando que adquiriu o carro de um desconhecido.

A empresa responsável pela segurança na área do Almacen é a Max Forte. A diretora operacional Michele resume o crime acontecido em março com apenas uma frase: “Nunca tínhamos visto nada daquela forma”.

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

O aumento da procura pelas empresas privadas pode alavancar um outro problema de segurança pública: ações criminosas contra vigilantes. No início de abril, a reportagem do Aratu Online já advertia sobre tais crimes. Até aquela oportunidade, tinham sido registradas seis ações somente em Salvador.

Na época, a titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Carla Ramos, disse que as quadrilhas estavam sendo investigadas. Para ela, os criminosos roubam empresas de segurança para abastecer o mercado clandestino de armas e coletes à prova de balas.

OUTRO LADO

Procurada para falar sobre a atuação de empresas de segurança em bairros de Salvador, a Polícia Militar disse que consultaria o comando da corporação para responder ainda nesta sexta-feira (9/6).

O comandante da 26ª Companhia Independente (CIPM/Brotas) – responsável pelo policiamento no Horto -, major Cláudio Guanaes Mineiro, não atendeu às ligações da reportagem do Aratu Online para comentar o caso. Já o comandante do Policiamento Regional da Capital, coronel Francisco Kerjean, não aceitou dar entrevista.

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