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Segurança de supermercado diz que não apertou o pescoço de jovem “vítima de surto”

Foto: reprodução/vídeo

O segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, que matou o estudante Pedro Gonzaga com um golpe de mata-leão no supermercado Extra da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (14/2), diz que “não é lutador”. Ao prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DH), Davi nega ter apertado o pescoço da vítima.

Também não explica que tipo de treinamento recebeu da sua empresa para lidar com pessoas vítimas de um surto psicótico, como foi o caso de Pedro. Ele conta que tinha acabado de pegar no serviço, ao meio-dia, quando o jovem teve a crise. Às 12h30m, segundo ele, o rapaz veio em sua direção, quando estava na porta principal do estabelecimento, e que precisou usar as mãos para que a vítima não encostasse nele.

Nas imagens do circuito de segurança do supermercado, o rapaz se aproxima de Davi e parece conversar com ele. Em seguida, quando a mãe de Pedro, Dinalva Oliveira, se aproxima, ele cai no chão e fica se debatendo. Em sua defesa, Davi reforça que se abaixou para tentar ajudá-lo, mas achou que ele estava simulando a situação.

Foi quando Dinalva, de acordo com o segurança, avisa que o rapaz era seu filho e que ele era dependente de drogas. Neste instante, outro segurança, Edmilson Félix, se aproxima deles. Segundo Davi, Pedro se levanta e tem outro ataque, fazendo com que ambos caiam no chão.

Na versão do segurança, seu coldre abre e ele diz que o rapaz pegou sua arma, o que não teria sido flagrado pelas câmeras de segurança. Ainda segundo o depoimento à DH, o segurança alega que Pedro gritava: “Vou matar, vou matar”. Edmilson, o outro vigilante, teria tirado a arma da mão do rapaz. Mesmo assim, Davi ficou por cima de Pedro, aplicando o golpe mata-leão.

Apesar dos apelos da mãe, o segurança não largou o filho até sentir que o rapaz “não fazia mais força”. Alegou que esperou os bombeiros chegarem e levarem para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, quando foi confirmada a morte de Pedro. Davi disse que estava há um ano e quatro meses na empresa Group Protection.

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