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Seguranças de empresa ameaçam pescadores em Simões Filho

O distrito de Mapele, localizado no município de Simões Filho é caracterizado pelas riquezas naturais dos ecossistemas costeiros que lhe cercam como os manguezais e maré e durante muitos anos os pescadores e marisqueiros da região sobrevivem da pesca. Após a implantação do Moinho da empresa M. Dias Branco, os pescadores relatam que estão sendo ameaçados de morte pelos vigilantes e banidos da atividade pesqueira no local.

Durante muitos anos a atividade, inclusive, fez parte da cultura do município de Simões Filho com a tradicional ‘Festa dos Pescadores’, mas o drama atualmente vivenciado pela categoria ilustra o sentimento de revolta, principalmente, pela questão da recessão econômica que potencializa a justificativa da categoria viver da atividade pesqueira para poder sustentar suas famílias, mas devido às ‘ameaças’ eles temem pelas suas vidas.

“Toda à vida as pessoas mariscaram naquele local e agora os vigilantes contratados pela M. Dias Branco não querem que ninguém encoste e já prometeram atirar”, revelou um pescador que está preste a completar 80 anos de idade e ainda trabalha com a pesca.

“Não somos passarinhos e não vamos roubar”, relatou o idoso com a voz embargada e revoltado com a situação.

De acordo com o líder dos pescadores, a situação é única e exclusivamente difícil e relata que eles foram nascidos e criados na região; tendo com a atividade uma das formas de levar o sustento para casa. “Após esse Moinho instalado há pouco tempo; estamos banidos de pescar na região”, acrescentou.

Os relatos de diversos pescadores ouvidos pela reportagem; revelam a falta de relação da empresa com a comunidade e os pescadores alegam que os ‘vigilantes dizem que estão cumprindo ordem da direção da empresa’. “Quantos pescadores de Mapele foram empregados pela M. Dias Branco.”,questionou o líder da categoria.

Reivindicando providências e apoio dos órgãos competentes e do MP, os marisqueiros e pescadores confirmaram que estão sendo prejudicados e não conseguem mais mergulhar para pegar um peixe embaixo do Moinho e que são expulsos e ameaçados de morte.

“Temos família e crianças que precisam da comida para sobreviver”, afirmou um pescador que foi acompanhado por outro do grupo que relatou que há seis anos de volta a morar em Mapele sobrevive da pesca.

Mariscos, peixes e ostras são algumas das espécies encontradas pelos pescadores que confirmam:“durante muitos anos tínhamos paz e a certeza que encontraríamos algo na região para sobreviver”.

O conflito vivenciado; responsabilizam a M. Dias Branco a esclarecer às ameaças de morte.

“Não sou contra o progresso, mas apelamos para o bom senso”, afirmou o líder dos pescadores que ainda revelou que a ‘denúncia’ será levada ao MP, poderes públicos e na tentativa de resolver o conflito; os pescadores levarão a situação a toda imprensa baiana.

Ainda de acordo com a categoria, a ponte do Moinho está em licitação e com a ampliação no sentido leste, a vida dos pescadores serão mais ainda ‘prejudicada’.

“Já mandamos chamar a Marinha para nos dizer se não podemos pescar”, relatou os pescadores que novamente fizeram a ressalva. “Há muitos anos pescamos naquela área e precisamos sobreviver com a pesca”.

Fonte: Mapele News

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