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Seis pessoas ficaram feridas durante explosão na Ceasa em Simões Filho – Vídeo mostra o estrago

Foto: Romildo de Jesus

O pânico tomou conta de quem estava na Ceasa – localizada na BA-526, limites de Simões Filho – na manhã de ontem (3). Uma explosão em um box de hortifruti que vende mamão deixou seis pessoas levemente feridas, além de destruir parcialmente o galpão 6 e danificar outros boxes. Os mamões foram espalhados por todo lado e parte do teto ficou completamente destruída. O incêndio foi controlado por populares.

O que provocou a explosão ainda está sendo investigado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), mas há um forte indício de que o uso indevido de um composto químico para acelerar a maturação de frutas tenha provocado o acidente. As vítimas tiveram princípio de intoxicação por conta do gás inalado, mas já foram liberadas.

“Na hora achei que o mundo estivesse acabando. Foi um barulho muito forte, houve muita correria. Todos entraram em pânico. Não sei descrever o que senti na hora, mas deu medo”, contou a comerciante Rosimeire Santos, que trabalha no local há sete anos. Com sua barraca localizada em frente ao box onde ocorreu a explosão, ela teve prejuízos.

Os danos não foram apenas no box onde aconteceu o acidente nem nas barracas situadas nas proximidades. Também afetou outros pontos, como o box onde funciona o Bortolo Hortifruti, que tem Rogério Bortolo como proprietário.

“Foi um susto muito grande. Eu estava do outro lado e achei um impacto sem tamanho, imagine que estava próximo. O dano pior foi na alvenaria, o teto ficou danificado”, relatou. A parte onde funciona a gerência financeira teve o teto desconfigurado. Rogério Bortolo estima um prejuízo de aproximadamente R$ 4 mil.

Além do DPT, técnicos da administração da central de atendimento também estiveram no local e descartaram que a causa tenha sido elétrica.

“A polícia já colheu os materiais e vai investigar a o motivo. Nossos engenheiros também estão checando, e uma possibilidade é que tenha sido usado carbureto no mamão – algo que não é recomendado –, e como em cima das caixas têm ar condicionado, pode ter pingado água em cima da lona que cobria as caixas, e a água ter ido parar dentro no mamão, o que causou uma reação química”, explicou o superintendente da Ceasa, Eugênio Burgus.

De acordo com o superintendente, todo apoio está sendo dado a Agnaldo Nascimento, dono do box onde aconteceu a explosão. Hoje a administração, o proprietário do local e os permissionários devem se reunir para conversar sobre os prejuízos. “Já durante a tarde mandamos que buscassem telhas para cobrir o telhado imediatamente, evitando danos maiores, principalmente porque tem chovido muito”, revelou o gerente de mercado da Ceasa, Joselito Silva.

O dono do box de hortifruti que vende mamão não estava presente durante a explosão, e ficou sabendo através de sua esposa. Ele não sabe afirmar o que teria motivado o acidente. “Foi algo totalmente inusitado. Em 29 anos de Ceasa eu nunca vi nada igual. Não tenho nenhuma hipótese do que pode ter ocasionado. Mas estou recebendo o apoio necessário da administração, que chegou da maneira que precisamos”, disse Agnaldo Nascimento, 41.

Uso de carbureto é proibido

Bastante utilizado no cultivo de tucumã, banana, papaia, manga, abacaxi, mamão e outros frutos, o carbureto de cálcio (CaC2) pode ser nocivo à saúde, por conter substâncias cancerígenas.

O uso do produto e substâncias químicas similares no processo de amadurecimento de frutas não é recomendado e é proibido em alguns lugares, como em Manaus (AM). A Lei 1.945 foi sancionada pelo prefeito da capital, Arthur Virgílio Neto, e publicada no Diário Oficial do Município (DOM) em dezembro do ano passado.

O carbureto de cálcio libera um gás com odor desagradável e, em contato com a umidade, libera um gás inflamável, faíscas e chamas. Também a poeira e o gás podem causar sufocamento devido à deficiência de oxigênio.

Veja o vídeo e veja como ficou o local:

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