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Dor e profunda tristeza marcam enterro de jovens em Simões Filho: “Eu não aceito meu Deus.”

Uma tragédia envolvendo três jovens com idades de 19 e 20 anos deixou em estado de choque moradores de Simões Filho.

Foram enterradas neste fim de semana as três vítimas que morreram afogadas em uma represa em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (RMS).

Yuri Silva dos Santos, de 20 anos, Kleiton Sade Almeida, 19 e Felipe da Paixão, de 19 anos, foram enterrados sob forte comoção no Cemitério São Minguel no bairro Ponto Parada, localizado na Avenida Elmo Serejo de Farias.

Uma multidão acompanhou a cerimônia de sepultamento. Um clima de profunda tristeza e consternação marcou o enterro das vítimas.

Revolta

Os presentes estavam revoltados e inconformados com as perdas. Ainda sem informações conclusivas, muitos especulavam sobre o causador de todo o sofrimento.

“Familiares e amigos estão todos muito triste com o que ocorreu. Nada vai trazer os meninos de volta”, disse uma mulher, identificada apenas como Maria. Ela acompanhou os sepultamentos.

Irmã de Yuri

A irmã de Yuri , uma das vítimas, contou que as famílias estão inconformadas com a tragédia. “Eu não aceito isso meu Deus. Os três só andavam juntos – os meninos trabalhavam – eram queridos por todos. Um deles já era pai de família. O meu irmão iria começar a trabalhar nesta terça-feira. Estava querendo formar a família dele. Querendo casar. Tinha muitos sonhos”, revelou em planto.

As mães dos jovens acompanharam toda a cerimônia, mas estavam em estado de choque e não teve condições de falar com a imprensa.

Lagoa da morte

A lagoa, que é considerada perigosa pelos moradores da região, é conhecida como “Lagoa da Morte”, de água turva e rica em cálcio, o que dificulta a flutuação.

Investigação

A Polícia Civil de Simões Filho é a responsável pelo inquérito para investigar o que teria provocado a morte dos jovens. Todos os sobreviventes devem ser ouvidos nos próximos dias, assim como os agentes do corpo de Bombeiros que atenderam a ocorrência. A perícia técnica esteve no local do acidente e o laudo criminalístico está sendo elaborado pelo Instituto de Criminalística de da capital baiana. O órgão tem um prazo especifico para apresentar o laudo e o prazo pode ser prorrogado devido à complexidade do caso.

Entenda o caso

Yuri, Kleiton, Felipe, Wellinton e Herbert tinham saído para comemorar o aniversário de um deles, na última quinta-feira (29), quando resolveram entrar no sítio para pegar cocos. Após ser ameaçado pelo dono, que estava armado, os jovens pularam na represa para fugir e acabaram se afogando. Amigos que presenciaram o acontecimento acionaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

Os corpos de Yuri e Kleiton foram retirados da represa um dia depois de desaparecerem. O corpo de Felipe da Paixão só foi encontrado no sábado. Wellinton e Herbert conseguiram nadar e atravessar a lagoa.

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