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“A saúde que eu tenho”: Filas, superlotação e déficit de funcionários no Hospital Municipal de Simões Filho


SERIE: “Saúde que eu tenho, saúde que eu quero em Simões Filho”


Superlotação, filas, déficit de funcionários fazem parte do dia a dia do Hospital Municipal Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A unidade de saúde está sempre cheia, e a má qualidade no atendimento são reclamações recorrentes entre os pacientes que procuraram a emergência da unidade de saúde.

Fotos: Feita por Daiane Cruz ao levar a mãe na unidade de saúde.

A moradora de Simões Filho, Daiane Cruz, foi ao hospital na última segunda-feira (13/8) levar a mãe para receber atendimento, mas a reclamação dela retrata o caos da saúde pública na cidade. “O hospital estava superlotado. A princípio tinha apenas duas técnicas de enfermagem para manipular as medicações e aplicar nos pacientes. Não contei, mas tinha muitas pessoas no corredor e na sala de medicação. Quando cheguei, três pessoas da administração estavam chamando atenção das técnicas, pedindo para agilizar o atendimento, mas é uma situação impossível, pois dois funcionários para manipular e aplicar ao mesmo tempo, fica difícil. Depois de algum tempo as técnicas da pediatria e do laboratório chegaram para tentar dar suporte, mas ao meu ver, não foi o suficiente para evitar o sofrimento de quem esteve lá”, conta.

A situação não é difícil apenas para a mãe de Daiane. De acordo com João Santos, de 48 anos, a equipe médica é muito atenciosa, mas a situação na unidade é horrível. “Ser bem atendido, não é ser bem medicado. Não basta ter somente funcionários educados, temos que ter equipamentos e medicamentos para salvar vidas”, pontuou.

Usuários também relatam que quando o hospital não está cheio demais, o paciente se depara com outras dificuldades, como a falta de equipamentos para realizar exames, dificuldade para marcação de cirurgias, entre outros graves problemas. A situação do Hospital Municipal é a mesma que se repete todos os dias nas demais unidade públicas de saúde do município e que você vai acompanhar tudo nesta Série Especial sem maquiagem.

Considerado de média complexidade, a instituição é um único hospital existente no município, e atende em média, 800 pacientes por dia.

O Hospital Municipal é administrado pela Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Castro Alves (APMI) que recebe cerca 2,5 milhões por mês da prefeitura para ser responsável pela unidade. Mas emfim, essa não é a saúde que queremos em Simões Filho.

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