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Simões Filho é a terceira cidade mais violenta do Brasil

Simões Filho só perde para Queimadas-RJ e Eunápolis-BA – Cemitério São Miguel

O ranking brasileiro das cinco cidades mais violentas concentra quatro municípios da Bahia e Simões Filho é a terceira cidade que mais mata no Brasil. É o que aponta o Atlas da Violência 2018 sobre os municípios com dados referentes a 2016.

Segundo o estudo elaborado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta sexta-feira (15/6), Simões Filho está entre os dez municípios mais violentos do pais, e só perde para o Queimadas-RJ e Eunápolis-BA. Conforme o levantamento, a taxa de desocupação de jovens é maior nas cidades com mais assassinatos

No top 10, em nono lugar. Eunápolis é a segunda cidade mais violenta do país, Simões Filho a terceira, Porto Seguro a quarta, Lauro de Freitas a quinta e Camaçari a nona. O atlas é realizado com base nos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS).

A pesquisa faz mapeamento das mortes violentas em municípios com mais de 100 mil habitantes. O número de homicídios na UF de residência foi obtido pelo Atlas pela soma dos óbitos causados por agressão mais intervenção legal e eventos cuja intenção é indeterminada. No ranking de 20 cidades, outros dois municípios baianos são listados. São eles: Teixeira de Freitas e Alagoinhas.

SSP afirma que Atlas é falho e não tem credibilidade

VEJA NOTA DA SSP-BA

Os dados do Atlas da Violência, divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, não refletem, efetivamente, a realidade da segurança pública no País, porque utilizam exclusivamente o banco de dados do Datasus. Esse banco de dados é alimentado pelas secretarias municipais de saúde que, por sua vez, fornecem o local de residência da vítima, e não do local de ocorrência do crime.

Na avaliação da Secretaria de Segura Pública da Bahia (SSP), é um equívoco utilizar a análise de saúde pública fornecida pela Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) como fonte para discutir o tema da violência no país.

A Secretaria de Segurança Pública esclarece que as taxas de Crimes Violentos Letais Intencionais (homicídio, latrocínio e lesão corporal dolosa) nos municípios baianos foram de 96,3, em Eunápolis; 85,4, em Simões Filho; 66,3, em Lauro de Freitas; e 64,4, em Porto Seguro. Diferentemente do apresentado pelo Fórum, a contabilidade não inclui as ocorrências de legítima defesa, de criminosos mortos em confronto com a polícia e de mortes a esclarecer.

Em 2017, na Bahia, foram presos aproximadamente 25 mil criminosos, com a contratação, nos últimos três anos, de 6,4 mil policiais e com a continuidade do esforço conjunto e concentrado para combater a violência no estado baiano.

A pesquisa realizada pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por outro lado, descarta completamente o levantamento do Ministério da Justiça, realizado com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de Segurança Pública. Trata-se, na avaliação da SSP, de um equívoco. A SSP lembra que durante anos os pesquisadores utilizaram esses números para embasar as análises sobre o crime no País. E só recentemente descartaram essa fonte de consulta por mera conveniência.

Vale ressaltar, ainda, a falta de responsabilidade do Fórum Brasileiro de Segurança Pública no trato com os compromissos assumidos. No caso do governo da Bahia, por exemplo, a entidade abandonou um contrato de consultoria em segurança no âmbito do programa estadual Pacto pela Vida. Ao custo de R$ 2 milhões, a entidade simplesmente abandonou a consultoria que vinha sendo executada, alegando impossibilidade de concluí-la. Por conta do procedimento, sofreu multa e foi impedida por 315 dias de participar de novas licitações no governo da Bahia.

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