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Em Simões Filho: Estagiário que levou armas de delegacia afirmou que precisava de dinheiro

O estudante de direito Luiz Antônio, que atuava como estagiário na 22º Delegacia de Simões Filho (Região Metropolitana de Salvador), teve mandado de prisão preventiva solicitada pela polícia após uma investigação descobrir duas armas, frutos de apreensões da Polícia Civil, na residência dele. De acordo com informações do delegado titular da unidade, Rogério Ribeiro, o rapaz afirmou que pegou as armas na delegacia e tinha a intenção de vender porque passa por dificuldades financeiras.

O delegado detalha que a polícia iniciou a investigação depois que recebeu informações anônimas de que armas da delegacia estariam sendo vendidas para criminosos. “Eu fiquei maluco com esses boatos. Começamos a investigar”, disse.

A apuração, no entanto, não localizou nenhuma arma que tivesse sido entregue pelo rapaz a bandidos. “Duas armas estavam na casa dele, uma pistola e um revólver”, aponta Rogério Ribeiro. Segundo ele, o rapaz afirmou não ter vendido nenhuma arma, mas disse que pretendia fazer isso porque estava precisando de dinheiro.

O delegado diz que o estudante foi cedido, há cerca de dez meses, pela Prefeitura de Simões Filho para atuar na delegacia. Por telefone, o secretário municipal de Administração, Francisco Assis, disse que estão sendo tomadas as medidas legais e cabíveis para o caso.

O titular informou também que a situação envolvendo o estagiário foi comunicada oficialmente ao Ministério Público, à Justiça e à Prefeitura de Simões Filho. As armas localizadas na casa do suspeito foram encaminhadas para a perícia. Como o rapaz se apresentou espontaneamente, não houve flagrante e o estudante permaneceu em liberdade.

Por último, o Dr. Rogério explicou que as armas apreendidas em inquéritos e outras ações policiais ficam guardadas na delegacia em uma sala trancada e que há cerca de um mês, quando assumiu a titularidade da unidade, determinou que fosse feita uma contagem dessas armas, o que pode ter facilitado o acesso do rapaz às armas. O delegado aponta que ele responderá por crime de peculato, já que assumia uma função na delegacia, que se assemelhava a de um servidor.

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