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Simões Filho: Falta de medicamentos aumenta o sofrimento de famílias e coloca em risco a vida de pacientes

Os pacientes estão penando para usufruir da maioria dos serviços públicos de saúde na cidade | Foto: Simões Filho Online

A falta de medicamentos compromete a recuperação e coloca em risco a vida dos pacientes que necessitam dos medicamentos em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Tem sido uma verdadeira via crucis a peregrinação diária de pessoas na Farmácia da Secretaria Municipal de Saúde, para obtenção dos seus remédios e terminam voltando de mãos vazias. Pacientes que dependem do serviço ficam sem acesso a medicação e sem previsão de quando estarão disponíveis. Resultado: são obrigados a voltar várias vezes à farmácia, pois a lista de medicamentos em falta não é divulgada pela prefeitura.

Sofrimento

Ao chegar na porta da farmácia, alguns já se preparam para ouvir o “não”, mas ainda assim, criam a expectativa e se dirigem até o balcão de atendimento, para checar se há medicação que necessitam. A dona de casa, Maiara Fátima, 35 anos, mãe de seis filhos, moradora do Bairro Eucalipto, é uma das muitas pessoas que saiu decepcionada da farmácia. “E muito triste receber a notícia de não ter o medicamento. Não tenho condições de comprar, estou desempregada. Agora, vou verificar o preço na farmácia e pedir ajuda para comprar, pois meu filho precisa muito deste remédio e não tenho dinheiro”, relatou para reportagem do Simões Filho Online.

Maiara disse que fica surpresa ao ver propagandas de melhorias na cidade, mas presencia uma realidade totalmente diferente. Foto: Débora Souza | Simões Filho Online

Triste com a situação, Maiara disse ainda que fica surpresa ao ver propagandas de melhorias na cidade, e viver uma dura realidade. “Vejo passando na televisão tanta coisas que estão sendo feitas aqui em Simões Filho, e agente anda pela cidade e não ver nada. Eu queria saber aonde é isso, nós só ficamos na expectativas de melhorias, mas nada acontece de fato”, ressaltou.

Outra que saiu cabisbaixa da farmácia, foi a dona Carmem Maria dos Santos, 62 anos, que acompanhada pelo esposo, foi solicitar um medicamento para pressão, porem, foi orientada a buscar outra alternativa para aliviar o sofrimento. “Saímos cedo, estamos ainda sem tomar café e teremos que ir procurar em outro lugar, sendo que não posso demorar na rua, pois meu esposo pode passar mal – ele tem problemas de saúde”, ressaltou.

Elaine dos Santos Ramos, 23 anos, moradora do bairro Ponto de Parada, também saiu somente com a receita nas mãos, após tentar adquirir a medicação Sulfato Ferroso, para seu filho. “Isso é uma vergonha e descaso com a população de Simões Filho. É segunda vez que venho e não tem o medicamento. Farei um esforço para comprar. A mesma dificuldade acontece para se garantir um anticoncepcional – é um absurdo”, criticou.

Vale ressaltar que a realidade da Farmácia da Secretária Municipal de Saúde é a mesma dos Postos, onde pacientes vivem o mesmo drama. Para se ter uma ideia, desde janeiro deste ano não existe mais a insulina e fita usada para medir a glicemia, para pacientes diabéticos. Há pessoas, contudo, que não têm condições de adquirir o medicamento. Nesses casos, há um agravamento do diabetes, que pode levar, inclusive, à morte.

Comissão de Saúde

Diante deste quadro, parlamentares da Câmara Municipal de Vereadores de Simões Filho, estão de braços cruzados e ainda não cobraram do governo municipal explicações e soluções para o problema. O vereador Alfredo Assis presidente da Comissão de Saúde da Câmara, ainda não emitiu nenhum posicionamento. O Simões Filho Online, parceiro do Aratu Online, fez contato com o parlamentar, que não demonstrou preocupação com o caso e deu uma resposta grossa para a repórter afirmando: “Não converso por telefone”, em seguida, o vereador encerrou a chamada sem demonstrar interesse.

Municipio não adota medidas emergenciais para os casos

A reportagem do Simões Filho Online, parceiro do Aratu Online também entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Simões Filho, mas o órgão, até a publicação desta matéria, não deu nenhum posicionamento sobre o caso. A causa da escassez desses remédios não foi esclarecida, nem a quantidade total de pessoas afetadas no município.

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Reportagem de Débora Souza e Jerffeson Brandão

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