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Simões Filho: Garota baleada durante ataque ficou Tetraplégica – Pai e Mãe revelam dificuldades e descaso

Silvana Santos de Souza, de 07 anos

A saída de uma Igreja para comprar uma bateria para um microfone, a ansiedade de chegar ao destino e três tiros. Foi assim que a garotinha Silvana Santos de Souza, 07 anos, ficou caída na calçada do Bairro Barreiro, em Simões Filho, ao ser surpreendida por um tiroteio entre bandidos a bordo de um veículo. A tragédia que mudou a vida da menina e de seus familiares, em 2 de dezembro de 2016, comoveu a opinião pública e mobilizou entidades privadas, igrejas e a população do Simões Filho em uma corrente de oração. Durante o ataque cinco pessoas foram baleadas.

O alvo do ataque seria um homem, mas três disparos de arma de fogo atingiram a menina Silvana, dois deles na cabeça e outro nas costas. Silvana foi socorrida em estado grave para o HGE em Salvador. Atualmente, a garota está internada na UTI do Hospital Jorge Valente, também localizado na capital.

De acordo com a família, a menina passou por várias cirurgias, mas um dos tiros alojou-se na coluna, deixando-a tetraplégica. A tetraplegia é quando uma paralisia afeta todas as quatro extremidades, juntamente à musculatura do tronco. O doente tetraplégico que sobrevive torna-se uma pessoa desprovida de autossuficiência que terá necessidade de assistência contínua durante toda a vida.

Pais de Silvana: Operador de Produção Silvio Neves, 34 anos e a Dona de casa Ariane Bispo, 32 anos.

Lutas e Dificuldades

Há quase cinco meses, a Dona de Casa Ariane Bispo, 32 anos e o Operador de Produção Silvio Neves, 34 anos, vêm lutando pela sobrevivência da filha, enfrentando várias lutas, dificuldades e descaso.

“Silvana se encontra tetraplégica, com ventilação mecânica e precisamos do serviço Home Care para acompanhar ela 24 horas. Infelizmente, aconteceu essa fatalidade com a minha filha, e não temos achado apoio de ninguém, principalmente, dos órgãos públicos do município, que poderiam nos ajudar, nos acolher e isso a gente não está encontrando. Já procuramos a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria de Desenvolvimento Social”, disse Ariane Bispo.

Segundo o Pai de Silvana, Silvio Neves, o home care, tratamento médico em domicílio, será um importante aliado para acelerar a melhora de sua saúde da filha. Mas, conseguir a cobertura do serviço pelo plano de saúde ou pela Prefeitura de Simões Filho tem sido cada vez mais difícil.

“Minha filha continua internada na UTI. Está respirando com ajuda de aparelhos. Ela reconhece todos, lembra de tudo e fica chorando pedindo para ir para casa. Silvana está de alta médica desde o dia 17/2, contudo, precisa de acompanhamento em casa – Home Care. O plano de saúde Promédica – fornecido pela empresa que trabalho – tem se negado a realizar essa assistência em minha residencia no Bairro Cristo Rei, aqui na cidade de Simões Filho, alegando que o índice de criminalidade no bairro é alto e fica longe do ponto de ônibus. Eles pediram para eu alugar uma casa no centro da cidade, mas não tenho condições de pagar o aluguel de um imóvel no centro. Custa R$ 650”, contou.

“Já fui em vários órgão da Prefeitura Municipal de Simões Filho para pedir ajuda — porém, não conseguir nada. A criança continua internada e exposta a contrair infecção hospitalar. Eu quero ver até quando vamos ficar nessa situação? Minha filha foi vitima do descaso de nossos gestores públicos em relação a segurança e eles não estão nem aí para nossa situação. Não somos amparados nem pelo estado, nem pelo município, muito menos pelo plano de saúde capitalista que só pensa nos lucros”, desabafou.

“Deus tem me sustentado. Se eu fosse esperar pelos nossos governantes eu já teria desistido — não temos apoio de nenhum deles”, acrescentou.

Os pais de Silvana informaram ainda, que já acionaram a justiça simõesfilhense, que determinou através de liminar, que o Plano de Saúde Promédica preste assistência Home Care a menina, contudo, o plano teima em desobedecer a determinação Judicial.

O Simões Filho Online tentou entrar em contato com o Plano de Saúde Promédica, mas até a publicação desta matéria, as ligações não foram atendidas. O Simões Filho Online também entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Simões Filho, e órgão informou que agendou um atendimento para os pais de Silvana na Secretária de Saúde do Município, com o objetivo de entender o caso e providenciar assistência necessária para a garota.

Relembre o caso

Na noite do dia 2 de dezembro de 2016, Silvana Santos de Souza e sua amiga Rebeca Araujo Pereira, 11 anos, saíram para comprar uma bateria para o microfone de uma igreja, localizada no Barreiro. Durante o trajeto, um grupo armado que estava a bordo de um veículo, abriram fogo no meio da rua contra um homem. No momento do ataque, três disparos atingiram a menina Silvana, dois deles na cabeça e um nas costas. Já a outra criança, Rebeca, foi atingida com um tiro na perna. Adultos também foram baleados durante o ataque, sendo que Adelino da Silva Rodrigues, de 45 anos recebeu um tiro na nádega. O jovem Jonatas Oliveira Amorim, de 22 anos de idade, que estava dentro de uma lanchonete também foi baleado no tórax. A quinta vítima foi Daiane Fraga dos Santos, de 32 anos. Ela foi atingida com quatro tiros.

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