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Simões Filho: Hospital Municipal coloca tala improvisada em paciente e causa revolta na população

Foto: Simões Filho Online
Foto: Simões Filho Online

A cada dia que passa, a situação da saúde pública em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) fica mais insuportável. Episódios negativos envolvendo as principais unidades de saúde da cidade estão entre as pautas mais comuns de discussões que permeiam a vida dos simõesfilheses.

O caso mais recente é de Isabel Cristina do Amor Divino Soares, de 59 anos, moradora do bairro Simões Filho 1. Ela tornou pública a péssima experiência que vivenciou no Hospital Municipal de Simões Filho (HMSF), nesta sexta-feira (04/01).

Inconformada com a situação precária da saúde no município, a dona de casa conversou com a reportagem do SIMÕES FILHO ONLINE e disse que os materiais utilizados para a imobilização do seu dedo quebrado foram improvisados.

De acordo com dona Isabel Cristina, recentemente ela sofreu uma fratura em um dos dedos da mão direita e ao ser atendida na unidade de saúde, a equipe médica improvisou uma tala com palitos de madeira, (os mesmos usados pelo pediatra para verificar se a garganta da criança está inflamada).

Isabel garante que a tala foi improvisada porque o hospital não dispunha do material adequado para fazer a imobilização, que no caso seria gesso e gaze ou uma “Tala de Alumínio com Espuma para Imobiliização”.

“A primeira vez que fui ao hospital o médico botou uma tala – que um lado é de alumínio e outro é espoja – essa tala acabou ferindo o meu dedo, e eu tive que tirar – ficar sem a tala – resultado: meu dedo quebrado saiu de novo do lugar. Voltei novamente ao hospital nesta sexta-feira 04/01), o médico tirou Raio-X, mas disse que não tinha a tala especifica para colocar, então, eles improvisaram, quebraram um palito de madeira e colocaram no meu dedo. Antigamente, pelo que eu saiba, colocava-se uma tala improvisada para dar o primeiro socorro na rua, não dentro de um hospital”, explica.

“A nossa saúde está uma merda. Olha aonde nós estamos. O nosso prefeito só pensa em festa”, disse dona Isabel.

Foto: Simões Filho Online

VIRALIZOU

Ao chegar em sua residencia, a dona de casa postou áudios e imagens do dedo com a tala improvisada em grupo que participa no aplicativo WhatsApp, isso foi o suficiente para o caso viralizar.

“Eles colocaram essa tala de palito de picolé. Isso é certo? Quem achar que é certo quebra o dedo e vai lá para ele botar uma talinha de picolé para ver o que é bom”.

Com a repercussão do caso, muitos munícipes se manifestaram declarando indignação com o fato ocorrido. Algumas pessoas chegaram a questionar a veracidade da imagem, pois não acreditavam que o episódio tivesse realmente acontecido.

Resposta do hospital

O SIMÕES FILHO ONLINE entrou em contato com a assessoria de comunicação da Associação de Proteção à Maternidade e a Infância (APMI), empresa terceirizada que administra o Hospital Municipal de Simões Filho (HMSF) e a mesma disse que a utilização da tala é um procedimento normal na unidade e negou a informação de que falta material hospitalar.

“De forma nenhuma falta material na unidade. Esse é um procedimento normal, está nos livros. Através do diretor eu já falei com o médico e quem é da área de saúde sabe que aí é só uma imobilização. Inclusive SAMU usa, às vezes, papelão e a tala é o procedimento correto”, declarou Meire Alves.

Sobre o fato do material utilizado não ser gesso, como de costume, Meire afirmou que os médicos optaram pela tala justamente para não incomodar a paciente enfaixando o braço inteiro.

“Aí não caberia gesso para não causar um certo incômodo na paciente, porque teria que engessar o braço todo. Então, o procedimento correto para esse tipo é a tala mesmo. Isso está nos livros e os profissionais da saúde sabem disso”, finalizou.

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