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Simões Filho tem três médicos do programa Mais Médicos, mas cidade não será afetada com a decisão de Cuba – Entenda

Com o anúncio do fim da parceria do governo cubano com o Brasil no Programa Mais Médicos, diversas cidades brasileiras devem perder profissionais que atendem na rede pública. O Ministério da Saúde de Cuba divulgou, nesta quarta-feira (14/11), a decisão de não fazer mais parte do projeto porque que as mudanças anunciadas pelo novo governo brasileiro descumprem as garantias acordadas desde o início do projeto, há cinco anos.

Simões Filho

Em Simões Filho, a rede pública de saúde conta com três profissionais do Programa Mais Médicos, mas o município não será afetado com a decisão de Cuba. Isso porque de acordo com a Secretária de Saúde, Maria Betânia, os médicos oriundos do programa que atuam em Simões Filho, nenhum é de Cuba.

Segundo a gestora, são dois brasileiros e um boliviano: uma médica é de Feira de Santana (estudou na argentina), uma de Candeias (estudou na Bolívia), e o outro é boliviano, que já tem, inclusive, o revalida com situação regular frente ao Conselho Federal de Medicina.

O motivo do rompimento com Cuba

Em nota, o Governo de Cuba afirmou que considera que a ideologia do presidente eleito do Brasil em 2018, Jair Bolsonaro, ameaça a integridades dos profissionais cubanos. E também não admite que o gestor questione a preparação dos médicos para condicionar a permanência deles no programa. “[…] diante desta triste realidade, o Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do Programa Mais Médicos”, escreveram as autoridades cubanas no jornal Gramna, porta-voz oficial do governo do país caribenho.

Já o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, através de uma rede social, que o governo cubano não aceitou as condições estabelecidas para manter o programa Mais Médicos. “Condicionamos a continuidade do programa Mais Médicos à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, justificou.

O Ministério da Saúde informou que o Governo Federal está adotando medidas para garantir assistência a população. O Ministério da Saúde informa que a iniciativa imediata será a publicação, nos próximos dias, de um edital para médicos que queiram ocupar as vagas que serão deixadas pelos profissionais cubanos. Será respeitada a convocação prioritária dos candidatos brasileiros formados no Brasil seguida de brasileiros formados no exterior.

A pasta ainda informa que, desde 2016, tem trabalhado para diminuir a quantidade de médicos cubanos no programa. Até aquele ano, cerca de 11,4 mil profissionais de Cuba trabalhavam no Programa Mais Médicos. Em 2018, representam 8,3 mil das 18,2 mil vagas do programa.

O Ministério da Saúde ainda diz que outras medidas para ampliar a participação de brasileiros vinham sendo estudadas, como a negociação com os alunos formados através do FIES (Programa de Financiamento Estudantil). Essas ações poderão ser adotadas conforme necessidade e entendimentos com a equipe de transição do novo governo.

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