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Simões Filho: Trabalhadores da Bomix aceitam acordo e voltam ao trabalho

Depois de três dias de greve, os trabalhadores e trabalhadoras do primeiro turno da Bomix, em Simões Filho, voltaram ao trabalho na tarde desta quarta-feira (6). A decisão foi tomada em assembleia, na porta da fábrica, depois de uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Química, Petroquímica, Plástica e Farmacêutica do Estado da Bahia (Sindiquímica-BA) e a empresa. Duas outras assembleias serão realizadas na noite desta quarta e na manhã desta quinta-feira (07) até que os 400 trabalhadores da empresa votem.

Os trabalhadores e as trabalhadoras químicas na região metropolitana de Salvador aceitaram a proposta da empresa: readmitir os dois trabalhadores dispensados por justa causa – um por comer banana no banheiro e outro por ser sindicalista -, fornecer café da manhã para os trabalhadores que entram ao trabalho ainda de madrugada, não descontar os dias parados na greve.

Além desses pontos, foi firmado o compromisso de manter uma comissão permanente para encaminhar outras pautas dos trabalhadores como o fim do assédio moral, o pagamento dos vales transporte e alimentação e das horas-extras, e a revisão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

“Foi uma greve vitoriosa”, afirmou emocionado o secretário de Imprensa Sindiquímica-BA, Alfredo Santos Júnior, já na sala do Ministério do Trabalho para a homologação do acordo.

“A gente já tinha a compreensão de que não ia resolver todos os problemas em uma reunião e ainda durante a greve, mas para uma empresa que não aceitava nem negociar, já é uma vitória”, destacou.

“Para o movimento sindical, que vem sendo brutalmente atacado nos últimos tempos, a readmissão do sindicalista é uma grande vitória política”, completou Alfredo, que também é secretário de Administração e Finanças da CUT Bahia.

Para ele, esse acordo manda um recado para o Poder Judiciário: Se não estão reconhecendo a estabilidade do diretor sindical na Justiça, a gente vai impor na luta. Se demitir sindicalista a gente para o trabalho e obriga a empresa a reconhecer a estabilidade, que é um direito legal”.

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