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Incra reconhece área da comunidade Quilombo Rio dos Macacos em Simões Filho

Parece estar perto de ser resolvido o embate entre o quilombo Rio dos Macacos e a Marinha. Depois de décadas de disputa fundiária entre Salvador e Simões Filho, a comunidade quilombola pode ter o seu pedaço de terra garantido.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu as terras da Comunidade Remanescente do Quilombo Rio dos Macacos, localizada em Simões Filho, em uma publicação no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (18).

O reconhecimento leva em consideração o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) emitido no ano passado pelo instituto, que determina 301,3695 hectares como área do quilombo.

O perímetro está situado entre Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial da Bahia (Sudic) e a rodovia BA-528, a Via Periférica I, Fábrica Rozi, Complexo Atol, Comunidade Alto dos Macacos e a Marinha do Brasil.

O documento também determina o prosseguimento dos autos administrativos para fins de regularização fundiária de duas glebas descontinuas que totalizam 104,8787 hectares. Essas duas áreas fazem limite com a Marinha.

Liderança da comunidade, Rosemeire dos Santos, afirmou que os 104 hectares que ainda estão em análise pertencem ao quilombo. “Eu acho que é uma grande batalha da comunidade. Essa área dos 104 hectares também pertence à comunidade”, disse. Rosemeire disse que vai se reunir com os quilombolas para debater a questão.

Procurados o Incra e a Marinha informaram, por meio de suas assessorias, que irão se pronunciar sobre o assunto ainda hoje. A comunidade quilombola Rio dos Macacos está há mais de 40 anos em conflito com a Marinha – o local onde a comunidade está foi escolhido para construção da Base Naval de Aratu, por se tratar de área da União.

 

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