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Veja 36 profissões para apostar em tempos de crise

Os sinais de retomada da atividade econômica começam a se traduzir na geração de empregos. Levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostra que as áreas ligadas ao consumo das famílias – como vestuário, alimentos, eletrodomésticos e veículos – estão entre as que mais abriram oportunidades de trabalho no primeiro semestre de 2017. São exemplos vagas na área têxtil para coloristas e para montadores de veículos na indústria automotiva, ambos profissionais com formação técnica.

Os profissionais capazes de trabalhar em diversos segmentos da economia também são os que mais conseguem se colocar no mercado mesmo em meio à crise. Estão nesse grupo, por exemplo, técnicos em manutenção de máquinas e equipamentos, alimentadores de linha de produção e técnicos de tecnologia da informação que prestam serviços industriais.

Os dados foram produzidos com base em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O levantamento considera o saldo de empregos (admissões menos demissões) de janeiro a junho de 2017 das ocupações industriais. Esses trabalhadores têm formação tipicamente industrial, mas são contratados por empresas de todos os setores da economia.

DEZ OCUPAÇÕES – O SENAI produziu listas das dez profissões que mais tiveram saldo positivo em cada escolaridade exigida: formação técnica, qualificação de até 200h e qualificação de mais de 200h. No caso das profissões que exigem nível superior, apenas três ocupações industriais contrataram mais do que demitiram no primeiro semestre. A situação é a mesma quando o recorte leva em conta as vagas para engenheiros (veja tabelas a seguir).

Entre as dez ocupações que exigem formação técnica com maior saldo positivo no Caged, destacam-se profissionais da área de Informática e de Telecomunicações, com quatro ocupações listadas. Empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação foram as que mais criaram vagas, no primeiro semestre, para técnicos em operação e monitoração de computadores e técnicos em programação. Já os instaladores-reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações e montadores de aparelhos de telecomunicações tiveram oportunidades, por exemplo, em obras de infraestrutura. São 98 as ocupações industriais que exigem formação técnica.

O curso técnico é uma das modalidades de educação profissional. É destinado a pessoas que já concluíram ou que estejam cursando o ensino médio. Ao término, o aluno recebe um diploma e ganha uma profissão. “Profissionais com formação técnica têm um diferencial importante nos processos de seleção porque as empresas buscam escolaridade e ‘o saber fazer’. Quem faz educação profissional tem o domínio da técnica, a capacidade de chegar à empresa já dominando os processos tecnológicos. Por isso os cursos técnicos são o caminho mais rápido para ingresso no mercado de trabalho”, avalia o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.

O maior volume de novos empregos é de ocupações que exigem formação em nível de qualificação, já que esse tipo de função representa 78% das ocupações industriais. O SENAI fez um ranking das dez atividades com maior saldo positivo no Caged a partir de uma lista de 105 atividades que exigem preparação profissional de menos de 200h (cursos que duram cerca de três meses). Nessa relação, aparecem em evidência vagas criadas para alimentadores de linhas de produção, trabalhadores que preparam e abastecem máquinas e linhas de produção com materiais e matérias-primas.

Por sua vez, as novas vagas para instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados destacam-se entre as que exigem uma formação profissional de mais de 200h. São 75 as profissões industriais com essa exigência. Os cursos de qualificação são indicados a jovens ou profissionais, com escolaridade variável de acordo com o exercício da ocupação, que buscam desenvolver novas competências e capacidades profissionais. Ao final, o aluno recebe um certificado de conclusão.

Já os profissionais com formação de nível superior ainda enfrentam um mercado de trabalho bastante retraído. O saldo no Caged da maioria das ocupações industriais permanece negativo, com mais demissões do que contratações. Em uma lista de 24 profissões, apenas três tiveram saldo positivo, com destaque para vagas criadas para desenhistas industriais (designers), escultores, pintores e afins. O cenário é semelhante para os engenheiros. De uma relação de 13 ocupações, o saldo de empregos é positivo apenas para engenheiros de alimentos, mecatrônicos (considerados profissionais polivalentes) e ambientais.

Por Helayne Boaventura
Da Agência CNI de Notícias

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